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Pergentino Holanda
O colunista aborda em sua página diária os acontecimentos sociais do Maranhão e traz, também, notícias sobre outros estados e países, incluindo informações das áreas econômica e política.
Pergentino Holanda

Mérito Industrial para Luiz Carlos Cantanhede

E mais: Livro inédito de Garcia Márquez

PH

Atualizada em 03/05/2023 às 08h05
Em Brasília, ontem, o presidente da Fiema, testemunhou a escolha de Luiz Carlos Cantanhede (ao seu lado na foto) para receber a Medalha do Mérito Industrial da CNI 2023
Em Brasília, ontem, o presidente da Fiema, testemunhou a escolha de Luiz Carlos Cantanhede (ao seu lado na foto) para receber a Medalha do Mérito Industrial da CNI 2023

 Mérito Industrial para Luiz Carlos

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) aprovou ontem a indicação feita pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) do nome do empresário Luiz Carlos Cantanhede Fernandes para receber a Medalha do Mérito Industrial da CNI 2023. Luiz Carlos é presidente do Grupo Inter Atlântica, que envolve oito empresas que atuam no Maranhão, Pará, Bahia, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

Nascido em Rosário (Maranhão), Luiz Carlos comanda um grupo empresarial cuja receita anual é superior a meio bilhão de reais.

A Ordem do Mérito Industrial

Criada em 1958, pelos empresários Roberto Símonsen e Euvaldo Lodi, a medalha da Ordem do Mérito Industrial da CNI tem objetivo de expressar o reconhecimento da indústria nacional a personalidades de todos os segmentos da sociedade brasileira, que ajudaram e continuam ajudando a escrever capítulos memoráveis da história da indústria brasileira.

As indicações ao recebimento da Ordem do Mérito podem ser feitas pelas 27 federações de indústrias e pelo presidente da CNI.

O número máximo de concessões, anualmente, da Ordem do Mérito Industrial se restringe ao máximo de dez.

A Ordem do Mérito Industrial...2

A escolha é feita pela Comissão da Ordem do Mérito, composta por cinco representantes, e posteriormente os nomes são levados ao conhecimento do Conselho da Ordem do Mérito, integrado pela Diretoria da CNI e seus Conselheiros Eméritos, para aprovação ou rejeição das propostas.

Entre as personalidades e empresários que receberam a comenda, se destacam os ex-presidentes Juscelino Kubitschek, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva; além do ex-vice-presidente José de Alencar e dos industriais Jorge Gerdau Johannpeter, Antônio Ermírio de Moraes e Ivo Hering.

Tambor celebra 50 anos

A cultura popular maranhense celebra no próximo dia 6, sexta-feira, os 50 anos do Tambor de Crioula de Mestre Felipe, manifestação popular que carrega a tradição das rodas de tambor de crioula trazidas do povoado Tabocas, em São Vicente Férrer, município da Baixada Maranhense.

Para comemorar esse marco histórico será realizado o Encontro de Mestres e Mestras de Tambores de Crioula de São Luís do Maranhão com o tema: “Tambor de Crioula: o que permanece e o que se modifica em sua história”, a partir das 14h, na Casa do Tambor de Crioula, na Praia Grande.

A programação apresenta a Roda de Conversa com Mestres e Mestras do Tambor de Crioula e, logo em seguida, a partir das 18h, Roda de Tambor de Crioula, para celebrar com muita dança e alegria.

 Tambor celebra 50 anos...2

A ideia do encontro é promover o diálogo entre mestres e mestras, reverenciando os fundamentos do tambor de crioula do Maranhão, discutindo as mudanças que já aconteceram e trazendo também o resgate da trajetória da Turma de Mestre Felipe.

“É com espírito de refletir sobre a dinâmica histórica e estimular a preservação cultural que estamos comemorando os 50 anos da Turma de Mestre Felipe, conectados à transmissão de seus fundamentos para futuras gerações, assim como na manutenção de seu sotaque, o Tambor de Crioula tocado sem matraca.”, explica Marco Aurélio Haikel, integrante da coordenação do Tambor de Mestre Felipe.

Morte de Lucimar Pinho

A família de Adriana e do jornalista Félix Alberto Lima está de luto. O casal interrompeu uma viagem à Itália e regressou a São Luís às pressas, chegando a tempo de participar do funeral da mãe dela, dona Lucimar Pinho, que faleceu na madrugada de segunda-feira, vítima de parada respiratoria, depois de uma semana de internação hospitalar.

Ex-militante do MDB, dona Lucimar Pinho atuou durante alguns anos como assessora parlamentar do então deputado Cid Carvalho.

O clássico Arroz de cuxá

A quarta reportagem da série “Maranhão na Semana de Gastronomia” traz o sabor do mais clássico e famoso prato da culinária maranhense, o arroz de cuxá, que será apresentado no cardápio elaborado especialmente para a Semana de Gastronomia Regional 2023, que acontecerá nos dias 10 e 11 de maio, no Rio de Janeiro e de 8 a 11 de agosto, em Brasília.

Além de apresentar iguarias produzidas com o coco babaçu e seus derivados, que são representativos para a culinária regional do Maranhão, o arroz de cuxá, prato típico que é carro chefe da culinária local, foi selecionado para estar no menu que será servido.

Por ter uma forte identificação com a gastronomia maranhense, o item torna-se uma guarnição apreciadíssima quando servida com peixes e frutos do mar.

 O clássico Arroz de cuxá...2

O destaque do prato vai para a vinagreira, hortaliça com marcante sabor azedo, que batido com camarão seco, gergelim, pimentão verde formam o cuxá, molho que é misturado ao arroz para compor a refeição. E toda essa tradição, além de ser servida aos comensais nos dias de festival, também será ensinada aos profissionais, instrutores e alunos dos Restaurante-escola do Senac Rio de Janeiro na aula-show que acontecerá na noite do dia 10 de maio.

“O arroz de cuxá é tão importante para a gastronomia maranhense que é o único prato produzido e servido diariamente em nosso buffet. Tudo para proporcionar aos nossos clientes, principalmente aos turistas, o sabor inigualável do Maranhão. Por isso também o escolhemos para a apresentação na Semana e como guarnição na aula-show”, pontuou Gabriela Vasconcellos, Gerente de Negócios do Restaurante-Escola do Senac.

DE RELANCE

Círculo Monárquico de São Luís

Dando prosseguimento ao ciclo de conferências do Círculo Monárquico de São Luís, o poeta e ensaísta Sebastião Moreira Duarte, figura eminente das letras, estará ministrando nesta quinta-feira, dia 4, conferência sobre Gonçalves Dias, o Poeta da Raça, ao ensejo do seu bicentenário de nascimento.

A conferência, imperdível para os que cultivam a melhor literatura, será às 19h30, na Livraria e Espaço Cultural AMEI, no São Luís Shopping.

Gonçalves Dias (Antônio Gonçalves Dias), foi poeta, professor, crítico de história e etnólogo. Nasceu em Caxias, MA, em 10 de agosto de 1823, e faleceu em naufrágio, no Maixio dos Atins, MA, em 3 de novembro de 1864.

É o patrono da cadeira número 15, da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Olavo Bilac.

Sebastião Moreira Duarte ministra conferência, nesta quinta-feira, sobre Gonçalves Dias, o Poeta da Raça
Sebastião Moreira Duarte ministra conferência, nesta quinta-feira, sobre Gonçalves Dias, o Poeta da Raça

O poeta nascido em Caxias

O autor da célebre “Canção do exílio”, uma das mais declamadas poesias da língua portuguesa, era filho natural de João Manuel Gonçalves Dias, comerciante português, natural de Trás-os-Montes, e de Vicência Ferreira, mestiça.

Perseguido pelas exaltações nativistas, o pai refugiara-se com a companheira perto de Caxias, onde nasceu o futuro poeta. Casado em 1825 com outra mulher, o pai levou-o consigo, deu-lhe instrução e trabalho e matriculou-o no curso de Latim, Francês e Filosofia do Prof. Ricardo Leão Sabino.

Em 1838 Gonçalves Dias embarcaria para Portugal, para prosseguir nos estudos, quando o pai faleceu. Com a ajuda da madrasta pôde viajar e matricular-se no curso de Direito em Coimbra.

Em Coimbra foi batizado de “medievalista”

A situação financeira da família tornou-se difícil em Caxias, por efeito da Balaiada, e a madrasta de Gonçalves Dias pediu-lhe que voltasse, mas ele prosseguiu nos estudos graças ao auxílio de colegas, formando-se em 1845.

Em Coimbra, o poeta maranhense ligou-se ao grupo dos poetas que Fidelino de Figueiredo chamou de “medievalistas”. À influência dos portugueses virá juntar-se a dos românticos franceses, ingleses, espanhóis e alemães. Em 1843 surge a “Canção do exílio”.

Regressando ao Brasil em 1845, passou rapidamente pelo Maranhão e, em meados de 1846, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde morou até 1854, fazendo apenas uma rápida viagem ao Norte em 1851.

Uma poesia autobiográfica

A melhor parte da lírica dos Cantos inspira-se ora da natureza, ora da religião, mas sobretudo de seu caráter e temperamento.

Sua poesia é eminentemente autobiográfica. A consciência da inferioridade de origem, a saúde precária, tudo lhe era motivo de tristezas. Foram elas atribuídas ao infortúnio amoroso pelos críticos, esquecidos estes de que a grande paixão do poeta ocorreu depois da publicação dos Últimos cantos. Em 1851, partiu Gonçalves Dias para o Norte em missão oficial e no intuito de desposar Ana Amélia Ferreira do Vale, de 14 anos, o grande amor de sua vida, cuja mãe não concordou, ao que tudo indica por motivos de sua origem bastarda e mestiça.

Um típico representante do Romantismo brasileiro

Em 10 de setembro de 1864, embarcou para o Brasil no Havre no navio Ville de Boulogne, que naufragou, no Baixio de Atins, nas costas do Maranhão, tendo o poeta, que já se encontrava agonizante, perecido no camarote, sendo a única vítima do desastre, aos 41 anos de idade.

Todas as suas obras literárias, compreendendo os Cantos, as Sextilhas, a Meditação e as peças de teatro, foram escritas até 1854, de maneira que, segundo Sílvio Romero, se tivesse desaparecido naquele ano, aos 31 anos, “teríamos o nosso Gonçalves Dias completo”.

O período final, em que dominam os pendores eruditos, favorecidos pelas comissões oficiais e as viagens à Europa, compreende o Dicionário da língua Tupi, os relatórios científicos, as traduções do alemão, a epopeia inacabada Os Timbiras, cujos trechos iniciais, que são os melhores, datam do período anterior.

Pela obra lírica e indianista, Gonçalves Dias é um dos mais típicos representantes do Romantismo brasileiro e forma, com José de Alencar na prosa, a dupla que conferiu caráter nacional à literatura brasileira.

Livro inédito de Garcia Márquez

Um romance inédito de Gabriel García Márquez, "En agosto nos vemos", será publicado em 2024, quando completam 10 anos da morte do prêmio Nobel colombiano.

A nova obra do autor de “Cem anos de solidão” e “O amor nos tempos do cólera” será publicada em 2024 em todos os países de língua espanhola, salvo o México e será sem dúvida alguma o acontecimento editorial mais importante do próximo ano.

“En agosto nos vemos” foi o fruto de um último esforço para continuar criando faça chuva, faça sol, explicaram em nota os filhos do escritor, Rodrigo e Gonzalo García Barcha.

“Lendo-o novamente quase dez anos depois de sua morte, descobrimos que o texto tinha muitos méritos”, acrescentaram os filhos do escritor que morreu no México, em 17 de abril de 2014, aos 87 anos.

Segundo eles, o romance contém “o que sobressai na obra de Gabo: sua capacidade de criação, a poesia da linguagem, a narrativa cativante, seu entendimento do ser humano e seu carinho por suas experiências e suas desventuras, principalmente no amor, possivelmente o tema principal de toda sua obra”.

Gabriel Garcia Marquez ao lado da esposa, Mercedes Barcha
Gabriel Garcia Marquez ao lado da esposa, Mercedes Barcha

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Nascido em 6 de março de 1927 na cidade de Aracataca, na região caribenha da Colômbia, García Márquez, jornalista e escritor, deixou uma longa lista de contos e romances, como “Relato de um náufrago”, “Crônica de uma morte anunciada”, “Ninguém escreve ao coronel”, “Notícia de um sequestro”, e a mais popular de todas, “Cem anos de solidão”, da qual guardo um exemplar com especial destaque em minha pequena biblioteca particular, autografado pelo autor na última visita que fez ao México.

Esta obra lhe rendeu, em 1972, o prêmio latino-americano Rómulo Gallegos, seu primeiro grande reconhecimento, seguido em 1982, pelo prêmio Nobel de Literatura.

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Ao lado do peruano Mario Vargas Llosa, do argentino Julio Cortázar e do mexicano Carlos Fuentes, García Márquez fez parte do que ficou conhecido como “o boom latino-americano”, um fenômeno editorial e literário dos anos 1960 e 1970 que os tornou conhecidos mundialmente.

García Márquez é o escritor em língua espanhola mais traduzido no século XXI, mais que Miguel de Cervantes, revelou este mês o Instituto Cervantes.

Para escrever na pedra:

“Não existem insubstituíveis. Inigualáveis pode ser”. Do baiano Antonio Carlos Magalhães.

 TRIVIAL VARIADO

Nesta quinta-feira, 5 de maio, será celebrado o Dia Mundial da Língua Portuguesa.

Teresa Martins está atuando com muito entusiasmo na confirmação de presenças dos convidados para a mega festa dos 75 anos deste Repórter PH.

Thatiana e César Bandeira afivelam as malas para uma curta temporada em São Paulo. Ele mudou de idade ontem e ela é aniversariante do próximo dia 6.

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