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COLUNA

Pergentino Holanda
O colunista aborda em sua página diária os acontecimentos sociais do Maranhão e traz, também, notícias sobre outros estados e países, incluindo informações das áreas econômica e política.
Pergentino Holanda

Retorno de Sergio Tamer a Salamanca

Mais: Edilson Baldez prestigia posse dos novos secretários de Estado

PH

Atualizada em 02/05/2023 às 23h35
SERGIO Tamer e a esposa Silvânia visitando a famosa Livraria Ratio Legis, em Salamanca
SERGIO Tamer e a esposa Silvânia visitando a famosa Livraria Ratio Legis, em Salamanca

DE REGRESSO a São Luís, após curta temporada em Salamanca, na Espanha, no final de março, cumprindo compromissos acadêmicos,  Sergio Tamer se emocionou ao visitar, com a esposa Silvânia, a famosa Livraria Ratio Legis, onde ali encontrou três das suas obras jurídicas editadas em espanhol, dentre elas “La garantía judicial de los derechos sociales y sua legitimidad democrática”.

Sergio concluiu seu doutoramento em Salamanca no ano de 2013 e, desde então, mantém fortes laços com aquela secular Instituição.

O Brasil é um país de desconfiados

Pergunta feita pelo Instituto Ipsos a mais de 20 mil pessoas em 30 países: –  Você confia no próximo? Os brasileiros aparecem como campeões mundiais da desconfiança. Apenas 11% dos nossos patrícios responderam positivamente, muito abaixo da média global de confiabilidade, que é de 30%.

O levantamento só comprova o que já sabíamos, ou desconfiávamos.

Pra começo de conversa, não confiamos em pesquisas, a não ser, evidentemente, quando elas favorecem as nossas teses e os nossos candidatos. A bem da verdade, não confiamos nem mesmo nos nossos candidatos.

Na maioria das vezes, votamos neles porque desconfiamos que os outros são muito piores.

Em geral, não confiamos nos políticos.

O brasileiro desconfia muito dos políticos

A mesma pesquisa mostra que 63% dos brasileiros consideram pouco confiáveis seus representantes políticos, como se eles viessem de outro planeta – e não da própria população que os rejeita.

Mas o levantamento também indica que a política não é a única fonte de desconfiança. O brasileiro desconfia de tudo e de todos. Ainda assim, vive caindo em golpes.

Isso me parece o mais desconcertante: tem muita gente neste país que duvida do vigário e bota fé no vigarista. Claro, tem também muito vigarista.

A todo dia e a toda hora tem alguém querendo tirar proveito da ingenuidade alheia, aplicando trote, oferecendo falsas vantagens, clonando celular, plantando fake news. E os campeões mundiais da desconfiança acreditando.

Somos mesmo um país de contradições

Como disse outro dia o cronista Nilson Souza, é inegável que a cultura da desconfiança faz parte da nossa formação e, provavelmente, tem relação direta com o clima de insegurança permanente em que vivemos. Crianças, somos instruídos a desconfiar de estranhos.

Jovens, somos estimulados a não confiar em ninguém com mais de 30 anos. Adultos, é natural que adotemos o ceticismo como escudo.

Só saímos à rua com a armadura da suspeita. Aí um pesquisador desconhecido aparece na nossa frente e pergunta:

– Você confia no próximo?

Se você está entre os 11% que disseram sim, parabéns pela sua coragem e pela sua fé na humanidade. Se você faz parte dos 89% que disseram não, pelo menos está com a maioria. Porém, se você– como eu – sequer foi ouvido, talvez tenha mais um motivo para desconfiar.

Troca-troca e fragilidade do sistema

Dos 513 deputados que integram a Câmara, nada menos do que 123 aproveitaram a janela de março e trocaram de partido sem risco de perder o mandato.

O festival durou um mês e alguns trocaram mais de uma vez, seduzidos por proposta mais interessante ou tomados pelo arrependimento ao constatar que haviam entrado em uma canoa furada.

Quem mais cresceu foram os partidos do centrão, entre os quais se inclui o PL do presidente Jair Bolsonaro, o Republicanos, do vice-presidente Hamilton Mourão, e o PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Os três têm em comum o fato de integrarem a base do governo e estarem dispostos a trabalhar pela reeleição de Bolsonaro.

Fidelidade não passa de ficção

A fidelidade partidária é uma ficção. Pela lei, se um parlamentar abandona o partido pelo qual foi eleito, perde o mandato. Em março do ano eleitoral, porém, abre-se a porteira e começa o troca-troca, raramente por questões programáticas.

O que mais conta na hora de virar a casaca é a chance de se eleger no próximo pleito. Aqui entra a matemática, com o cálculo dos votos necessários para se eleger no partido A ou B, o dinheiro do fundo eleitoral, que financia as campanhas, e o tempo nas inserções de rádio e TV.

Por que as legendas se desdobram para atrair deputados já estabelecidos ou subcelebridades com potencial eleitoral? Para ter mais poder nas negociações de cargos e mais dinheiro dos fundos eleitoral e partidário.

A divisão para os quatro anos seguintes é feita conforme o número de deputados federais eleitos. Na nova configuração, o PL passou a ser o maior partido na Câmara, com 73 deputados, seguido do PP, com 56, e do PT, com 55.

Movimentação para a terceira via

Com Lula e Bolsonaro consolidados, 3ª via fica na saudade, mas não desiste.

Exemplo: a afirmação do ex-governador Eduardo Leite (PSDB), do RS, de que poderá ser vice de Simone Tebet (MDB), ganhou manchetes, mas, a rigor, não contém nenhuma novidade.

Ao anunciar a renúncia, Leite havia dito que saía do governo para “abrir mais uma possibilidade”, mas poderia ser apenas um soldado na construção da terceira via.

Seu desejo é ser candidato a presidente, o que só ocorrerá se João Doria realmente desistir.

Enquanto Doria seguir na disputa, as conversas de Leite com Simone, Sergio Moro e dirigentes de partidos seguem no metaverso.

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Posse da indústria no Governo 

Representando o segmento industrial do Estado do Maranhão, o presidente da Fiema, Edilson Baldez das Neves, prestigiou, na tarde de ontem, a solenidade de posse dos novos secretários de Estado e presidentes de órgãos do governo estadual, no Palácio Henrique de La Rocque.

Alta na intenção de consumo

Em alta pelo 10º mês consecutivo, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de São Luís deu mais uma guinada e encerrou março com crescimento de +4,4%.

Com a variação positiva, o índice que mede a perspectiva do consumo familiar fechou o mês em 79,1 pontos, dando mais um salto rumo à zona de otimismo (100 pontos).

Nos últimos 12 meses, o ICF já consolida um aumento de 27,4%.

O avanço considerável na passagem mensal é fruto da melhora dos indicadores que compõem o levantamento, conforme apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA) em parceria da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Cenário inclina para uma melhora gradativa

Apesar de as famílias demonstrarem que este ainda não é o momento para a aquisição de Bens de Consumo Duráveis, o índice foi o que mais se destacou na passagem mensal com alta de +13,6%, fechando o mês com 39,7 pontos.

O indicador, que sofreu forte queda durante os períodos mais críticos da pandemia, chegou a marcar 28,4 pontos no mesmo período de 2021.

O resultado demonstra, para o longo prazo, uma propensão à retomada do estímulo das famílias pela aquisição de carros, eletrodomésticos, eletroportáteis e outros produtos da categoria.

Com a atual tendência de queda do câmbio brasileiro, somado a um eventual reaquecimento da economia nos próximos meses, o cenário deste tipo de segmento inclina para uma melhora gradativa.

Fala a voz da experiência

Para José Arteiro, presidente da Fecomércio-MA, a maior disponibilidade de estoque destes produtos nas fábricas e lojas, incentivam eventuais liquidações e políticas de preços mais amigáveis.

E lembra: a proximidade com o Dia das Mães também pode apresentar um cenário positivo, reaproximando as famílias das expectativas de consumo desses produtos de maior valor agregado.

Em tempo: o indicador de Perspectiva de Consumo, que mede a percepção dos consumidores para o consumo futuro, revela que para os próximos meses, 54,3% acreditam que o gasto seja menor que o ano passado, em função da pressão inflacionária, o que justifica o índice ainda se posicionar em uma zona de pessimismo com 60,7 pontos em março.

EDILSON Baldez com o novo secretário de Indústria, Comércio e Energia (SEINC), Cassiano Pereira
EDILSON Baldez com o novo secretário de Indústria, Comércio e Energia (SEINC), Cassiano Pereira

Gala de Maio 2022

Faz sucesso nas redes sociais o vídeo enviado por Teresa Martins para os que ainda não confirmaram presença no Gala de Maio, pedindo que façam as suas confirmações até o dia 15 de abril.

Esse prazo se justifica pela necessidade de garantir com a devida antecedência o público estimado para evitar quaisquer transtornos que possam tirar o brilho dessa noite que se auspicia como a mais deslumbrante dos últimos tempos na sociedade maranhense.

O Gala de Maio é o primeiro grande evento após a pausa de mais de dois anos provocada pela pandemia que levou muitos amigos nossos, causando uma baixa lamentável de assíduos frequentadores a tradicionais colaboradores das festas com a grife desta coluna.

Mas a expectativa geral é grande. Afinal, o Gala de Maio 2022 vai acontecer com pompa e circunstância. Tudo a partir das 20 horas do dia 14 de maio próximo, no luxuoso salão do Palazzo Eventos, no Araçagi.

 Para escrever na pedra:

“Só há um caminho para a felicidade. Não nos preocuparmos com coisas que ultrapassam o poder da nossa vontade”. De Epicuro.

 TRIVIAL VARIADO

Se nenhum terremoto político ocorrer nos próximos 40 dias, quatro partidos autodenominados “do centro democrático” e mais algum que a eles deseje se associar lançarão uma candidatura única à Presidência da República.

No capítulo: o acordo foi selado ontem pelos presidentes do União Brasil (UB), Luciano Bivar, do MDB, Baleia Rossi, do PSDB, Bruno Araújo, e do Cidadania, Roberto Freire. Reunidos em Brasília, os quatro avaliaram o quadro nacional e concluíram que, separados, estão fadados ao fracasso.

Pelo andar da carruagem, hoje a dupla mais provável para representar a candidatura de consenso é a formada por Simone Tebet e Eduardo Leite, sendo que qualquer um dos dois poderá estar na cabeça de chapa ou ser vice.

O ex-juiz Sergio Moro está filiado ao União Brasil, mas líderes do partido já emitiram nota e deram entrevistas dizendo que o papel a ele reservado é de candidato a deputado federal por São Paulo e que a Presidência está fora de cogitação.

Como na política brasileira a palavra de hoje pode ser o borrão de amanhã, somente no dia 14 se saberá se Moro saiu mesmo do páreo ou se será reapresentado para avaliação dos aliados.

Tome nota: o prazo para fazer o título de eleitor, pedir alterações como a mudança ou a transferência do local de votação e regularizar a situação junto à Justiça Eleitoral é 4 de maio.

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