SÃO PAULO - Dezesseis policiais militares de Sergipe decidiram processar a cantora Rita Lee por danos morais.
A informação é do advogado Plínio Karlo, que representa os PMs, que se sentiram ofendidos pela artista durante seu último show realizado no dia 29 de janeiro, na Praia da Atalaia Nova, no município da Barra dos Coqueiros (SE), região metropolitana de Aracaju.
A cantora protestou contra a ação dos PMs que realizavam a segurança do evento e chegou a xingá-los. Ao final da apresentação Rita Lee foi detida por desacato e encaminhada à Delegacia Plantonista, na capital sergipana, onde prestou depoimento e foi liberada em seguida.
De acordo com o advogado, que preferiu entrar com ações individuais na justiça, cada policial irá requerer R$ 24.880 mil de indenização.
“A declaração dada por ela nesta semana ao Fantástico, de que sofreria de transtorno bipolar, não irá prejudicar a ação. A primeira audiência conciliatória já foi marcada para o dia 18 deste mês. Os processos irão tramitar nas 1ª, 3ª, 5ª e 8ª Varas Cíveis de Aracaju”, afirmou Karlo.
Ainda segundo o advogado, mesmo tendo sido diagnosticada bipolar, a cantora não poderá alegar que estava doente no momento da apresentação. “O processo seguirá normalmente, e esta nova informação passada pela cantora não deverá proceder, pois como ela poderá alegar que estava doente naquele momento?”, questionou.
Acordo
Na semana passada, a Justiça de Sergipe enviou uma carta precatória à comarca de São Paulo para que a cantora defina, no prazo de dez dias, se irá acatar ou não o acordo proposto pelo Ministério Público Estadual. A promotoria quer que a artista preste serviços comunitários por três meses e doe o cachê, de R$ 115 mil, para o Fundo Municipal para Criança e Adolescente do município da Barra dos Coqueiros.
Show polêmico
Rita Lee fez seu show de despedida, na Atalaia Nova, e xingou os policiais que faziam a segurança por considerar ‘invasivo’ o tratamento com seu público.
Em uma das interrupções a cantora fez a seguinte declaração: “Seus cachorros! Coitados dos cachorros. Cafajestes! Vocês estão fazendo de propósito. Eu sou do tempo da ditadura, se pensa que eu tenho medo, p..! Venha aqui! Eu sou mulher. Mulher, queridos! Sou mãe tive três filhos, tenho uma neta, 67 anos, que que vocês vão fazer? É isso que vocês querem? Chamar a atenção? Eles querem chamar a atenção, querem cantar? É horrível! Eu tenho paranoia com esse tipo de coisa, por que isso? Por quê? Eu queria saber. Cadê? Cadê por escrito que vocês têm que fazer isso? Cavalaria aqui não, filho. De cavalo. Cavalo é um bicho delicado. Que isso? Não. Eu não vou esperar, esse show é meu, as pessoas estão esperando eu cantar. Não é a gracinha de vocês. Seus f... da p.... Agora venha aqui me prender”.
Ainda durante a apresentação, a cantora recebeu um mandado de intimação para comparecer à Corregedoria de Polícia, na manhã seguinte, o que não foi aceito por ela. Ao deixar o palco, Rita Lee foi detida e encaminhada à Delegacia Plantonista, onde prestou depoimento. Segundo o delegado Leogenes Correa, em seu depoimento, a cantora disse que toda a ação foi gerada pelo ‘calor das emoções’ e por ter achado truculenta e desnecessária a ação dos policias com seus fãs.
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