Dia da Mentira

Dia da Mentira: “existem muitos mentirosos”, afirma psicóloga

Todo mundo mente, de acordo com a psicóloga Venúsia Milhomem.

Angra Nascimento /Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h34

IMPERATRIZ – Quem nunca contou uma mentira, que atire a primeira pedra. O ato de mentir, trapacear e enganar é típico do ser humano, e é feito muitas vezes, de forma corriqueira, refinada e calculista. Ou você vai dizer que nunca mentiu? Todo mundo mente, de acordo com a psicóloga Venúsia Milhomem, quando questionada se existem muitos mentirosos.

Neste 1º de abril, data em que é celebrada o Dia da Mentira, a reportagem do Na Mira foi atrás para desvendar por que as pessoas mentem. “A mentira é um ato deliberativo e intencional, e permeia as relações socais”, diz a psicóloga, antes de explicar os níveis do ato do indivíduo, que opta por não dizer a verdade.

“Existem vários níveis de mentira. Existem aquelas pequenas mentiras, a mentira de brincadeira, as pegadinhas. A mentira é algo que permeia as relações sociais. É um ato deliberativo, você sabe que estar mentindo” explica a especialista, lembrando, ainda, que existe a mentira patológica (hábito de mentir). “A pessoa responde a realidade sempre com uma mentira, ela fantasia a realidade de tal forma, mentindo compulsivamente”, esclarece.

A pessoa que mente convulsivamente, não o faz apenas para justificar uma situação, segundo Venúsia Milhomem, mente a começar pela como forma como se relaciona com a sociedade, que já uma mentira. “É a mentira patológica, que vira um hábito, uma forma de ser da pessoa. A relação dela com a sociedade é sempre permeada por mentiras”, ressalta.

De acordo com a psicóloga, a pessoa que mente compulsivamente, cria situações mirabolantes, muitas vezes envolvendo glamour, pessoas famosas... “A pessoa mente com uma riqueza de detalhes, que só quem conhece a pessoa é capaz de perceber”, diz, acrescentado que tal ato provoca um prejuízo emocional muito grande. “A pessoa começa a ficar desacreditada, corre, inclusive o risco de se envolver em questões legais, acaba sendo excluída socialmente”, ressalta a psicóloga, sobre as desvantagens de ser uma pessoa mentirosa.

Geralmente, quem mente de forma compulsiva, ocorre a parir de relações familiares, de acordo com a especialista. “O ato de mentir não existe uma causa única, mas uma série de fatores, como características de personalidades em ralações parentais, familiares e sociais. Tudo isso fomenta uma condição fantasiosa de quem mente”, afirma Venúsia.

Cabe lembrar, todavia, que a mentira compulsiva é diferente de uma mentira de criança. “A criança tem um estágio em que ela fantasia muito, que ela mente. Mas é diferente de uma realidade o tempo inteiro permeada pela mentira”, finaliza a psicóloga.

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