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Alimentação inadequada no Carnaval pode provocar sérios riscos à saúde

Dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil, em 2018, foram 503 surtos de doenças transmitidas por alimentos.

Divulgação/Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h14
O maior perigo pode estar na ingestão de alimentos manipulados de forma incorreta, o que aumenta as chances de contaminação.
O maior perigo pode estar na ingestão de alimentos manipulados de forma incorreta, o que aumenta as chances de contaminação. (Foto: Divulgação)

Uma das festas mais esperadas do ano está chegando: o Carnaval! A data é sinônimo de alegria e muita farra! Porém, o folião que for aproveitar a programação carnavalesca deve ter atenção redobrada com a alimentação para esta época do ano - que coincide com as altas temperaturas do verão - contribuindo, assim, para a proliferação de vírus e bactérias que podem causar infecção alimentar, tornando-se, uma importante causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo.

No Brasil, a maioria das doenças transmitidas por alimentos (DTA) são causadas por bactérias, especialmente, por Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus. No entanto, existem também surtos de DTA causados por vírus - rotavírus e norovírus - e, em menor intensidade, por substâncias químicas. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, os principais agentes etiológicos responsáveis pelos surtos foram a Escherichia coli (27,5%), seguida por Norovírus (25,0%).

Atualmente, existem mais de 250 tipos de doenças transmitidas por alimentos, sendo que a maioria delas são infecções por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as DTA são uma grande preocupação de saúde pública e podem ser fatais, principalmente, em crianças menores de cinco anos de idade.

O maior perigo pode estar na ingestão de alimentos manipulados de forma incorreta, o que aumenta as chances de contaminação. Isso porque a maioria dos ambulantes não têm apoio de refrigeradores e fazem o manuseio dos alimentos com higiene precária. Os sintomas mais comuns das DTA são: náuseas, vômitos, dores abdominais, diarreia, perda de apetite, febre, cansaço extremo, desidratação e sangue nas fezes.

Além disso, pode surgir também outras doenças extraintestinais em diversos órgãos e sistemas, como fígado (Hepatite A), terminações nervosas periféricas (Botulismo), má formação congênita (Toxoplasmose) e Cólera - quando a desidratação não é tratada corretamente, pode levar a deterioração progressiva da circulação, da função renal e do equilíbrio de água e minerais no corpo.

O organismo leva em torno de um a dois dias - no máximo sete - para apresentar os primeiros sinais após a infecção - pode variar conforme o agente etiológico. O diagnóstico das DTA é feito por exames laboratoriais específicos. Já o tratamento da doenças transmitidas por alimentos depende da sintomatologia de cada caso. Geralmente, são doenças que têm um período limitado e determinado, com exceção de alguns casos em que coexistem outras enfermidades, em crianças, idosos e imunodeprimidos, e de acordo com o grau de toxigenicidade (capacidade de uma bactéria produzir toxina) do agente etiológico envolvido. Por isso, o tratamento é baseado em medidas de suporte, a fim de evitar a desidratação e o óbito.

A prevenção das DTA baseia-se no consumo de alimentos e de água que atendam aos padrões de qualidade da legislação vigente, higiene pessoal e/ou alimentar e condições adequadas de saneamento.

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