Drama

Saiba tudo sobre novo filme da A24: "Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal"

Longa estreia nos cinemas brasileiros dia 10 de outubro.

Na Mira

"Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal".
"Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal". (Foto: Divulgação)

BRASIL - "Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal", escrito e dirigido por Raven Jackson, oferece uma imersão profunda no mundo interno de uma mulher negra em meados dos anos sessenta, nos Estados Unidos. O drama mostra o crescimento, os amores e as tristezas da jovem Mackenzie, desde sua infância até a idade adulta na zona rural do Mississippi.

Distribuído internacionalmente pela A24, estúdio conhecido por lançar obras inovadoras e aclamadas, o longa chega aos cinemas brasileiros dia 10 de outubro. A A24 é conhecida por lançar filmes importantes e reconhecidos pela crítica, como 'Moonlight: Sob a Luz do Luar', vencedor do Oscar de Melhor Filme, e 'Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo', um fenômeno recente que conquistou vários prêmios, incluindo o Oscar de Melhor Filme em 2023.

O filme, que teve sua estreia mundial no Festival de Sundance em 2023 e, desde então, participou de vários festivais, é um drama “coming-of-age”, isto é, uma história de amadurecimento. A trama em "Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal" alterna entre quatro décadas para narrar a vida de sua protagonista, Mackenzie (apelidada de Mack), cuja infância foi marcada por momentos de graça e tristezas e pela beleza natural que a cerca. À medida que envelhece, Mack perde entes queridos, faz novas conexões e toma decisões que alteram o rumo de sua vida e da vida de sua amada irmã.

Com poucos diálogos e um forte foco em sons e imagens, "Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal" é uma obra serena e envolvente — uma coletânea de momentos, sentimentos e conexões que compõem uma vida. Filmado em belíssimos 35mm, as histórias de Mack são contadas não em ordem cronológica, mas como um mosaico temporal. Alegria, medo, corações partidos, comunidade: tudo isso com uma trilha sonora de grilos, tempestades, canto de pássaros e os estalos do solo sob os pés.

“Eu me interesso muito nas maneiras como nos comunicamos sem palavras — por meio de gestos, de silêncio, de como abraçamos alguém e por quanto tempo. Confio na capacidade de comunicação do corpo, e isso é explorado nesse filme”, explicou a diretora, em entrevista para a rede de rádio estadunidense NPR (National Public Radio). “Não é um filme com muitos diálogos, mas há muitos sons que falam, que contam a história e que dão muitas camadas de contexto ao que está acontecendo”.

Poeta, fotógrafa e cineasta originária do Tennessee, o trabalho de Jackson explora, entre outros temas, como as pessoas podem ser moldadas por momentos em suas vidas e a complexa relação do corpo com a natureza. A diretora também é conhecida pelo seu trabalho na roteirização da série “Superfície”, disponível na Apple TV, e seus curta-metragens autorais “Røtter” (2019) e “Nettles” (2017).

Em "Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal", Mackenzie é interpretada por quatro atrizes diferentes para representá-la em cada fase da vida. São elas Mylee Shannon, Kaylee Nicole Johnson, Charleen McClure e Zainab Jah.

Em entrevista ao crítico Roger Ebert, a diretora explica como foi a escolha do elenco: “Charleen McClure, que interpreta Mack, é uma poeta; ela é alguém que conheço em minha vida. Precisava de alguém cujo rosto carregasse muitos anos, cujo rosto pudesse expressar muito sem dizer muito. Ela tem isso. Acho que foi isso que procurei: rostos e corpos que expressam muito sem a necessidade de usar palavras. Todos os participantes do elenco conseguem fazer isso”.

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