MUNDO - O ator e comediante Russell Brand, recentemente envolvido em alegações de estupro e violência sexual, fez sua primeira declaração pública sobre o assunto. O artista publicou um vídeo nessa sexta-feira (22), em seu perfil do twitter.
No vídeo, Brand criticou os grandes conglomerados de tecnologia por supostamente tentarem silenciar a mídia independente, incluindo ele mesmo. Embora ele não tenha abordado diretamente as acusações sexuais, o ator reconheceu que não tem sido uma semana fácil para ele.
Desde a exposição das alegações, seu canal de YouTube foi desmonetizado, seus especiais e programas exibidos pela BBC e Channel 4 foram removidos e sua nova turnê ao vivo foi cancelada.
Entenda o caso
As acusações, divulgadas pelo Sunday Times, envolvem quatro mulheres e abrangem um período entre 2006 e 2013, com uma das vítimas relatando ter apenas 16 anos enquanto Russell Brand tinha 30.
A mulher envolvida nas acusações contra Brand descreveu o relacionamento com o comediante como "emocional e sexualmente abusivo". Ela afirma que ele a forçou a ter relações sexuais e tirou o preservativo sem o consentimento dela. Além disso, ela relata que ele a chamava de "criança" e solicitava que ela lesse trechos de Lolita, um livro que retrata um amor obsessivo de um homem mais velho por uma menina de 12 anos.
Outra suposta vítima afirmou ter sido estuprada por Brand em 2012 na casa dela. Uma terceira mulher, que trabalhava com ele em Los Angeles, alega ter sido sexualmente agredida e ameaçada por Brand em 2013, com instruções para que ela não contasse a ninguém.
Essas acusações não são novidade quando se trata de Russell Brand. No documentário "Russell Brand: In Plain Sight", o comediante Daniel Sloss afirmou que histórias semelhantes circulavam há muito tempo, com diferentes níveis de gravidade.
Segundo Sloss, as mulheres têm alertado umas às outras sobre Brand há muitos anos. Ele mencionou ter ouvido rumores desse tipo na presença do ator, em bares com agentes e promotores, mesmo quando o comediante ainda estava empregado em projetos cinematográficos e televisivos.
Antes da publicação da reportagem e do documentário, Brand divulgou um vídeo negando todas as acusações, classificando-as como um "ataque coordenado".
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