Literatura brasileira

Acervo da Casa de Rui Barbosa é cedido para publicações

O material, que inclui documentos, fotos e cartas, pode ser utilizado em publicações.

Na Mira, com informações do Ministério da Cultura

Atualizada em 27/03/2022 às 11h14
A Fundação possui 130 arquivos privados de escritores brasileiros.
A Fundação possui 130 arquivos privados de escritores brasileiros. (Foto: divulgação)

BRASIL - Escritores, pesquisadores e estudantes contam com um rico e gratuito acervo, para fins de reprodução e pesquisa. Tratam-se de documentos raros da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), entidade ligada ao Ministério da Cidadania.

O material vem sendo utilizado, por exemplo, em publicações literárias. Na obra Todas as crônicas – Clarice Lispector, organizada por Pedro Karp Vasquez, foram incluídas crônicas cedidas pela fundação. Imagens da autora também ilustram o livro de Teresa Montero, O Rio de Clarice, Passeio afetivo pela cidade.

As contribuições da FCRB também estão presentes em “O poeta e outras crônicas de literatura e vida”, com crônicas de Rubem Braga; e em “A invenção de Orfeu”, com poema e fotos do escritor Jorge de Lima.

A Fundação possui 130 arquivos privados de escritores brasileiros, além de uma coleção de documentos avulsos, coletados esparsamente ao longo dos anos. Nesta parte do acervo, encontram-se materiais de escritores como Augusto Meyer, Gonzaga Duque, Lúcio Cardoso, Manuel Bandeira, Machado de Assis, entre outros.

A busca e a escolha dos documentos para consulta podem ser feitas por meio da base de dados da entidade. Quando o pesquisador opta por reproduzir o documento, técnicos da fundação encaminham o contato do detentor dos direitos autorais para a liberação do material.

“Nós temos muito nítida (a ideia) de que é a nossa obrigação disponibilizar, mas como estes autores não estão em domínio público, as famílias são contatadas e nós damos o acesso aos eventuais interessados para que entrem em contato com a família para ver se eles autorizam ou não”, detalha a presidente da fundação, Marta de Senna.

Para o livro O Rio de Clarice, Passeio afetivo pela cidade, por exemplo, a fundação cedeu 12 fotos, digitalizadas após a autorização do detentor dos direitos autorais sobre elas – no caso, o filho da escritora, Paulo Gurgel Valente.

Assim que o detentor do direito autoral libera a reprodução, o pesquisador comunica a Fundação Casa de Rui Barbosa e, então, é autorizado a reproduzir o documento. Um exemplar da obra em que o documento é reproduzido deve ser enviado à FCRB, a partir da assinatura de um termo.

Edições da Casa de Rui

A Fundação Casa de Rui Barbosa também edita livros desde 1942. São mais de 700 títulos, publicados em coedição ou isoladamente. O selo Edições Casa de Rui Barbosa foi criado em 1995. Por não ser uma editora comercial, a fundação prioriza obras relacionadas a um largo espectro de interesses intelectuais.

As obras editadas pela fundação são preferencialmente doadas a interessados ou, eventualmente, vendidas por meio do pagamento de uma Guia de Recolhimento da União (GRU). A maior parte das publicações é composta por pesquisas de servidores da instituição.

A Casa de Rui ainda é depositária de uma série de autores da literatura brasileira e de políticos brasileiros, além do acervo de Rui Barbosa, com mais de 80 mil documentos e o selo da Unesco de Memória do Mundo.

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