A Rússia iniciou na madrugada desta desta quinta-feira (24) - horário de Brasília - um ataque à capital da Ucânia, Kiev, naquilo que o governo ucraniano chamou de "invasão total".
A informação é da Folha de S. Paulo.
Na TV russa, o presidente Vladimir Putin disse que faria uma "operação militar especial" no Donbass, a área de maioria étnica russa no leste do país vizinho. O comando militar da Rússia, no entanto, confirmou que "armas de precisão estão degradando a infraestrutura militar, bases aéreas e aviação das Forças Armadas ucranianas".
O comando militar de repúblicas separatistas da Ucrânia afirma que está avançando com suporte russo rumo às fronteiras que consideram suas, violando assim território ucraniano que estava sob Kiev.
"Tudo começou com um pronunciamento às 5h45 (23h45 da quarta, 23, em Brasília), no qual Putin anunciou uma 'operação militar especial' para 'proteger a população do Donbass', região do vizinho na qual ele reconheceu áreas rebeldes pró-Rússia na segunda (21). Ele disse que quer trazer à justiça quem cometeu o que chamou de 'genocídio' e 'crimes' contra russos nas áreas, além de 'desmilitarizar e desnazificar' a Ucrânia", diz a publicação da Folha.
Por ora, há uma guerra de informações. Kiev e o Ocidente falam em invasão total . Putin disse estar cumprindo o que havia prometido: enviar tropas para apoiar as repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk. Ele negou que irá ocupar território.
Já o governo ucraniano tem outra narrativa. "A invasão da Ucrânia começou", afirmou por sua vez o ministro do Interior ucraniano, Denis Monastirski, citando ataques com artilharia e mísseis. "É uma invasão total", disse seu colega chanceler, Dmitro Kuleba no Twitter. O país decretou lei marcial, fechou seu espaço aéreo.
O presidente Volodimir Zelenski divulgou vídeo afirmando que os russos atacaram pontos de fronteira e infraestrutura militar do país. "Fiquem calmos", disse, afirmando que o presidente Joe Biden prometeu apoio dos EUA.
"Por tudo o que estamos vendo até aqui, e é preciso mais clareza, parece mesmo ser uma invasão", disse por telefone um dos principais analistas militares russos, Ruslan Pukhov, diretor do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias, de Moscou.
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