ESTADOS UNIDOS - Faltando duas semanas para as eleições para a presidência dos Estados Unidos, a candidata democrata Hillary Clinton tenta garantir distância suficiente de Donald Trump, em pesquisas sobre intenções de votos, para evitar que o candidato republicano continue usando os argumentos de que as eleições norte-americanas estariam sendo manipuladas, o que colocaria em risco a credibilidade do processo eleitoral. Algumas pesquisas mostram Hillary à frente de Trump, com uma diferença de dois dígitos.
Nas últimas semanas, Donald Trump vem dizendo, insistentemente, em comícios que as pesquisas são "falsas" e "manipuladas" e que ele só vai aceitar o resultado das eleições, se ganhar. Nesta segunda-feira (24), no estado da Flórida, Trump disse que está à frente de Hillary Clinton e que a imprensa norte-americana vem divulgando pesquisas distorcidas para minar sua candidatura.
Eleitorado feminino
Para se distanciar de Donald Trump, Hillary Clinton está tentando ampliar o apoio do voto feminino. Para isso, a senadora democrata Elizabeth Warren, uma das maiores apoiadoras de Hillary, disse ontem, em um discurso em Manchester, estado de New Hampshire, que Trump não respeita as mulheres, em uma referência às expressões lançadas pelo candidato republicano contra a candidata democrata. No último debate entre os dois candidatos, Trump chamou Hillary de "mulher desagradável".
A senadora Elizabeth Warren disse que essas expressões vão significar a ruína da candidatura republicana. Dirigindo-se ao candidato republicano, a senadora observou: "Donald, mulheres desagradáveis são difíceis, mulheres desagradáveis são inteligentes e mulheres desagradáveis vão votar".
Na Flórida, Donald Trump fez um discurso para agricultores. Ele usou metade do discurso para criticar a imprensa norte-americana. Afirmou que a maioria das pesquisas de opinião pública publicadas pela imprensa refletem uma ação "manipulada" e acrescentou: "Estou dizendo isso desde que entrei na corrida [eleitoral]".
O diretor de campanha do candidato republicano, Kellyanne Conway, porém, reconheceu neste domingo (23) que, na fila da corrida eleitoral, Donald Trump está atrás de Hillary. "Estamos atrás", disse Conway.
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