SÃO LUÍS - Durante entrevista ao programa Ponto Final desta sexta-feira (6), o coordenador do Grupo de Dança Afro Malungos (GDAM) e do Bloco do Reggae, Cláudio Adão, abordou sobre os preparativos para o evento junino realizado pelo GDAM.
“Agora no São João, a partir do dia 13 de junho, nós estamos realizando o nosso batizado. Esse espetáculo é chamado Bailado Junino do GDAM. É um espetáculo onde a gente faz uma releitura das danças populares do Maranhão. Inclusive, a gente faz questão de dizer que a gente leva o palco para as praças dos Arraiais de São Luís, alguns ritmos que, por exemplo, a gente não vê nos Arraiais. Por exemplo, o Boi de Zabumba, que está praticamente desaparecendo. Tanto em São Luís como nos interiores da ilha, de onde ele vem de lá para cá, que é da nossa Baixada do Maranhão. E as pessoas têm que entender que o Boi de Zabumba é o primeiro sotaque de bumba boi do Maranhão, de origem africana. Então, a gente não pode esquecer isso. Então, tem também outro ritmo que está desaparecendo, que a gente não vai deixar desaparecer, não só nós do GDAM, mas tem várias pessoas que estão com o mesmo pensamento. É o Sotaque de Costa de Mão. Então, a gente não vê as apresentações desses dois sotaques, dessas duas brincadeiras, desses dois ritmos, vamos dizer assim, nos Arraiais de São Luís”, afirmou Cláudio Adão.
O coordenador do GDAM ainda explicou como vai funcionar o Bailado Junino do GDAM.
“O Boi de Zabumba faz parte do espetáculo do GDAM. Esse espetáculo nosso é composto pelos quatro sotaques. O sotaque do Boi de Zabumba, o Boi da Baixada, o Boi da Ilha. E a gente faz também uma homenagem ao Divino Espírito Santo, salve Divino Espírito Santo. A Dança do Coco, meu amigo, hoje também a gente vê poucos grupos. Ainda tem, mas muito pouco. Geralmente, o GDAM faz essa homenagem ao grande mestre Sabujá, que Deus levou. Um grupo que a gente é fã dele. E o Coco está dentro do Perinã. Está dentro do Anjo da Guarda. Então, a gente colocou já esse espetáculo nosso em homenagem à Dança do Coco. E aí, fora a Dança do Coco, a gente tem o Tambor de Crioula. E a gente colocou, já está com três anos, foi mais ou menos até o pedido do público, porque tem muito turista em São Luís, graças a Deus. E o turista fica perguntando pelo reggae. Fica perguntando assim pelo reggae. E aí, o GDAM, como a gente tem um plano do reggae, a gente resolveu colocar três músicas dentro do nosso repertório, da cultura popular do Maranhão. E o turista vai ter o prazer de ver como é que essa dança vai, juntinho, agarradinho ou coladinho, no Espetáculo Junino do GDAM”, disse.
São Luís, no Maranhão, abre espaço para o reggae durante o São João 2025. Não é à toa que a cidade é conhecida como a Jamaica Brasileira e a Capital Brasileira do Reggae.
Ligado ao tradicional GDAM, com sede em São Luís, o Bloco do Reggae já é ritmo certo no carnaval e durante o período junino maranhense.
Já o GDAM é uma organização não governamental (ONG) que promove trabalhos sociais através da arte, cultura e cidadania, principalmente para crianças, jovens e adultos.
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