ATUALIDADES

Violência obstétrica: como identificar?

Especialistas falaram sobre o assunto na edição desta quarta-feira (11) do programa Atualidades

Mirante News FM

Atualizada em 11/09/2024 às 13h14
Giselia Vasconcelos e Tayane Cardoso, convidadas da edição desta quarta-feira (11) do programa Atualidades
Giselia Vasconcelos e Tayane Cardoso, convidadas da edição desta quarta-feira (11) do programa Atualidades (Armando Mendes/Mirante News FM)

SÃO LUÍS - Nesta quarta-feira (11), a enfermeira obstetra e neonatologista, formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Giselia Vasconcelos, e a psicóloga obstétrica perinatal Tayane Cardoso foram as entrevistadas da Rádio Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, eles falaram sobre a violência obstétrica.

A violência obstétrica é definida pelo Ministério da Saúde como abusos, negligências e desrespeitos dirigidos à gestante ou parturiente (quem acabou de ter o bebê) que a faça se sentir mal diante do tratamento recebido. Acesso negado ao pré-natal, dificuldade para realização de exames, impedimento da presença de acompanhante durante o trabalho de parto, prescrição indiscriminada de ocitocina para induzir o nascimento, episiotomia (corte cirúrgico no períneo) e uso de expressões grotescas, zombeteiras e constrangedoras voltadas à gestante são alguns exemplos.

Afeta negativamente a qualidade de vida das mulheres, causando abalos emocionais, traumas, depressão, dificuldades na vida sexual, entre outros.

A violência obstétrica é praticada por quem realiza a assistência obstétrica. Médicos(as), enfermeiros(as), técnicos(as) em enfermagem, obstetrizes ou qualquer outro profissional que preste em algum momento esse tipo de assistência pode ser autor da mencionada violência.

“Negar a assistência ao pré-natal e as informações é um tipo de violência. Hoje, a mulher poderia estar optando pela sua via de parto, desde o pré-natal. Então, ainda tem muitas vertentes, que o pessoal não respeita o que a mulher quer, e sim aquilo que ele faz. Então, eu acho que essa educação, ainda durante a gestação, que seria no pré-natal, informar quem faz esse procedimento, se eu sou adepta ao parto normal, e não faço cesarianas, quem vai ser a pessoa adequada que está acompanhando? Se eu não faço cesarianas, e só atendo pacientes de vias de parto normal, vamos encaminhá-la. Então, ainda falta muito esse destino a essas mulheres que se sintam apoiadas naquilo que elas desejam”, destacou Giselia Vasconcelos.

“É voltar esse olhar mais para a mulher, ouvir não só a mulher, como os papais também, mas eu digo mais a mulher porque ela está ali, gerando uma vida. Então, é um misto de emoções, medos, principalmente para as mães de primeira viagem. Imagina você chegar tendo, por exemplo, esse acompanhamento pré-natal, e ouvir, não ter esse respeito, não ter esse olhar de, por exemplo, o que a Giselia falou em relação ao parto, de ouvir ela, de respeitar a decisão dela, se ela quer o parto normal, se ela quer a cesárea, de tentar ouvir mais, de acolher mais essa mulher, de procurar ouvir mais as emoções, as expectativas dela”, frisou Tayane Cardoso.

Assista à entrevista na íntegra.

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