SÃO LUÍS - Nesta quinta-feira (5), o jornalista, escritor e pesquisador de facções criminosas Nelson Melo e o graduado e mestre em Filosofia e doutor em Educação Dídimo Matos foram os entrevistados da Rádio Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, eles falaram sobre facções criminosas no Maranhão.
O Maranhão é dominado por pelo menos nove facções criminosas, segundo um levantamento divulgado pela DW Brasil.
A DW Brasil levantou as facções citadas em relatórios de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e em mapeamentos mais recentes divulgados por estudiosos do tema, com base em cruzamentos de dados dos serviços de inteligência da Polícia Federal e secretarias de segurança pública estaduais. Segundo essas informações, pelo menos nove das 83 organizações de presos que existem no Brasil atuam no Maranhão.
Muitas facções usam siglas de identificação. Nem todas possuem uma hierarquia organizada, e muitas são passageiras, pequenas e desorganizadas. Estas são as conhecidas no estado:
1) PCC - Primeiro Comando da Capital
2) CV - Comando Vermelho
3) PCM - Primeiro Comando do Maranhão
4) Bondinho da Ilha
5) Primeiro Grupo do Estreito
6) B40 - Bonde dos 40
7) ADM - Anjos da Morte
8) COM - Comando Organizado do Maranhão
9) Bonde dos 300
Agentes da Pastoral Carcerária afirmam que o número de facções é subestimado pelas autoridades governamentais, sobretudo porque muitas delas têm vida curta, surgem e desaparecem ao longo de meses ou até mesmo semanas. Além disso, muitos desses grupos não necessariamente se organizam para a promoção de crimes. Por conhecerem de perto a vida e a dinâmica nos presídios, os agentes da Pastoral afirmam ainda que nem todas as facções possuem ligação direta com o tráfico de drogas.
“O verdadeiro cenário pode ser considerado caótico, porque hoje a configuração é a seguinte: no estado do Maranhão, nós temos quatro facções criminosas atuantes, os demais grupos são gangues. Então, assim, a gente precisa primeiro diferenciar a facção criminosa da gangue. A gangue, ela tem um vínculo menos agressivo, a facção criminosa não, ela já é uma organização criminosa, porque são mais de quatro pessoas, tem a estrutura financeira que sustenta essa organização, e as gangues elas, geralmente, são inter bairros, é uma coisa mais local, e a facção não, ela é uma coisa mais ampla”, destacou Nelson Melo.
Assista à entrevista na íntegra.
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