SÃO LUÍS - Nesta segunda-feira (2), o diretor do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da Unidade do Monte Castelo, Marcelo Costa, e a assistente social especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial Talita Rodrigues foram os entrevistados da Rádio Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, eles falaram sobre a campanha do Setembro Amarelo.
Em 2013, Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), deu notoriedade e colocou no calendário nacional a campanha internacional Setembro Amarelo. E, desde 2014, a ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, divulga e conquista parceiros no Brasil inteiro com essa campanha.
O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo é a maior campanha anti-estigma do mundo. Em 2024, o lema é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo criadas.
O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e causa enormes danos à sociedade. Segundo o último levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios sub notificados, pois com isso, estima-se mais de 1 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia.
“Nós fazemos um trabalho em equipe, não só com o usuário, mas também com a família, fazendo justamente essa prevenção. Trabalhando justamente de janeiro a janeiro sobre essa questão e não somente no Setembro Amarelo. O quanto é importante a gente trabalhar a prevenção do cuidando de quem cuida, porque aquela pessoa que cuida do usuário, daquela pessoa que tem o transtorno mental, ela necessita de um cuidado também. Então, é importante que a gente possa fazer a prevenção completa”, destacou Talita Rodrigues.
“Olha, é importantíssimo você não discutir o Setembro Amarelo, apenas no mês de setembro, porque hoje, inclusive, a prerrogativa do CAPS AD, que é da rede estadual de saúde, nesse ano é discutir não apenas a questão do suicídio em si, até porque quando acontece esse fato, é um caso que já não tem retorno. A pessoa cometeu o ato, e o ato é, infelizmente, irrevogável, foi a escolha que a pessoa teve e que a gente não consegue voltar atrás nessa situação, mas a gente pode prevenir ele durante o ano inteiro, conversando sobre qualidade de vida, questões vinculadas a saúde, praticar atividades físicas, se alimentar bem, cuidar da nutrição, começar a entender os principais sintomas de doenças que levam a essa problemática”, afirmou Marcelo Costa.
Assista à entrevista na íntegra.
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