ATUALIDADES

Cigarros eletrônicos e os riscos que trazem à saúde

Especialistas falaram sobre o assunto nesta terça-feira (27) no programa Atualidades

Mirante News FM

Atualizada em 27/08/2024 às 12h25
Filipe Brito e Bianka Teles, convidados da edição desta terça-feira (27) do programa Atualidades
Filipe Brito e Bianka Teles, convidados da edição desta terça-feira (27) do programa Atualidades (Armando Mendes/Mirante News FM)

SÃO LUÍS - Nesta terça-feira (27), os pneumologistas Bianka Teles e Filipe Brito foram os entrevistados da Rádio Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, eles falaram sobre o uso de cigarros eletrônicos, destacando os riscos que trazem à saúde.

O aroma, o sabor e o formato dos cigarros eletrônicos podem até ser diferentes dos convencionais, mas os riscos à saúde são os mesmos. Ainda que esteja disfarçado de algo recreativo, o cigarro eletrônico também é derivado do tabaco e, por esse motivo, causa a inalação de monóxido de carbono, alcatrão e tantas outras substâncias prejudiciais ao organismo. Além disso, pode conter nicotina, uma droga que causa vício e morte, dependendo do fabricante.

Os principais riscos do consumo do cigarro eletrônico são o surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial. Há, ainda, a possibilidade de contrair a doença pulmonar chamada Evali, sigla em inglês para lesão pulmonar ligada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaping. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), os principais sintomas são tosse, dor torácica e dispneia, além de dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, febre, calafrios e perda de peso.

“As pessoas acham que o cigarro eletrônico é mais saudável, é mais seguro, mas contextualizar que fumar é uma doença, só pelo fato de você fumar você tem uma doença. Existe no Código Internacional de Doenças, que é o famoso CID, que é o F17, que contempla o tabagismo. Vale também lembrar até a década de 90, fumar era um status social, era bonito, aquela pessoa que fumava tinha um poder aquisitivo maior, tinha uma boa relação social, que a gente via nas propagandas, nos filmes, era aquele ator mais bonito, mas depois que foram vistos todos esses malefícios, começaram aquelas campanhas contra o tabagismo. Então, parou de se ver aquelas propagandas na televisão, começaram a ter aquelas fotos chocantes nas carteiras de cigarro, e tudo isso colaborou para a queda no número de fumantes”, destacou Felipe Brito.

“Os riscos do cigarro eletrônico eles ainda estão em estudo, porque é uma droga relativamente nova, mas a gente já sabe hoje em dia, pelas revisões de literatura, que aumenta o risco de doença cardiovascular, AVC, diabete, causa dependência de nicotina, pode causar neoplasias de nariz, boca e pulmão, e também tem os riscos relacionados aos acidentes com o uso, que são inúmeros, como, por exemplo, um pod pode explodir no rosto de um usuário e fazer uma lesão de face”, afirmou Bianka Teles.

Assista à entrevista na íntegra.

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