ATUALIDADES

Novo Ensino Médio: expectativa e aplicação

Especialistas falaram sobre o assunto na edição desta segunda-feira (19) do programa Atualidades

Mirante News FM

Atualizada em 19/08/2024 às 12h31
Elsa Balluz, Jaciara Patrícia e Aline Branco, convidadas da edição desta segunda-feira (19) do programa Atualidades
Elsa Balluz, Jaciara Patrícia e Aline Branco, convidadas da edição desta segunda-feira (19) do programa Atualidades (Armando Mendes/Mirante News FM)

SÃO LUÍS - Nesta segunda-feira (19), a psicóloga escolar Aline Branco, a coordenadora pedagógica dos anos finais e do ensino médio Jaciara Patrícia e a pedagoga, diretora-geral da escola Upaon-Açu, 2ª vice-presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Maranhão (Sinepe) e conselheira dos Conselhos Estadual e Municipal de Educação (Maranhão e São Luís) Elsa Balluz foram as entrevistados da Rádio Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, elas falaram sobre as mudanças no Novo Ensino Médio.

O Novo Ensino Médio consiste na reformulação da distribuição das grades horárias e das disciplinas oferecidas no nível médio da educação brasileira. A Política Nacional do ensino médio foi fixada no dia 31 de julho de 2024 através da Lei 14.945/2024, que modificou a Lei 9.394/96 e revogou, de forma parcial, a Lei 13.415/17, que fixava a reforma anterior do ensino médio.

Entre os objetivos do Novo Ensino Médio estão a adaptação das alternativas de formação à realidade das escolas e a reintrodução de matérias obrigatórias, como história e biologia. Além disso, a carga horária da formação geral básica passará de 1.800 horas para 2.400 horas para alunos que não optarem pelo ensino médio técnico.

A carga horária geral continua a ser de 3.000 horas divididas nos três anos do ensino médio, tanto para o ensino regular como para o ensino técnico. As 600 horas restantes do ensino regular serão preenchidas segundo a escolha do aluno pelos itinerários formativos, sendo: linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e ciências humanas e sociais aplicadas.

“Então, o ensino médio vem sendo discutido, existe uma reforma que começou com uma medida provisória, depois virou lei, e as escolas tinham até 2020 para aplicar, implantar em todos os segmentos, tanto em rede pública quanto privada. No meio do caminho veio a pandemia, e essa legislação, muito aberta, acabou favorecendo uma condição de que você podia escolher qualquer itinerário formativo e também enxugava a parte de uma reformação geral dos conteúdos que a gente já conhece, os tradicionais, digamos assim. Essa ampliação, digamos assim, gerou uma série de problemas, a gente percebeu o aumento da desigualdade entre regiões e entre redes públicas e privadas”, afirmou Elsa Balluz.

“Para eles (os estudantes), é um momento de muita confusão, de muita indecisão, aí vem essa mudança toda, qualquer mudança que aconteça, a gente deixa os alunos mais ansiosos, alunos que hoje, inclusive, precisam de acompanhamento psicológico clínico e às vezes psiquiátrico, por não estar conseguindo lidar com essa quantidade de informações, de conteúdo, mas que a gente entende que às vezes é necessário. O aluno do ensino médio ele tem um perfil. Então, assim, a gente busca, lógico, a escola, resultados, mas a gente também não pensa só em números. Hoje nós temos promovido o bem-estar, porque a gente entende que eles precisam da saúde mental”, destacou Aline Branco.

“Hoje, com essa nova reformulação, com essa carga horária aumentada, a gente acredita que os nossos alunos vão ganhar sim mais conhecimento, condições e competências para desenvolver as habilidades lá no ENEM, porque se a gente for fazer um conjectura dessa nova reforma, a gente percebe que o Novo Ensino Médio, está acontecendo essa reforma, mas no ENEM não houve. Aí o que acontece, os alunos vão com uma carga horária em déficit de aprendizado, principalmente em português e matemática, onde o ENEM não sofreu também essa reforma. Então, pensando nisso tudo, eu acredito que o aumento dessa carga para 2.400 horas, os nossos alunos terão um ganho positivo, no que tange ao processo de ensino-aprendizado”, frisou Jaciara Patrícia.

Assista à entrevista na íntegra.

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