Revival: noite de êxtase total

Dez anos do show histórico do Scorpions em São Luís

A capital maranhense viveu uma noite de êxtase no dia 24 de setembro de 2010, no templo armado, ao lado do Terminal da Praia Grande, no Centro Histórico. A produção foi de Steffano Nunes do Grupo ICEP.

Pedro Sobrinho/Jornalista

- Atualizada em 27/03/2022 às 10h56

24 de setembro de 2020. Parece que foi ontem. Dez anos se passaram e quem lembra do show do Scorpions em São Luís. Tive o prazer de conviver jornalistícamente, acompanhado do jornalista Paulo de Tarso Júnior, os bastidores desde o início até o dia do show a convite de Steffano Nunes, do grupo ICEP, o 'cara' ousado que consolidou a parceria com o tour manager do Scorpions na América Latinam da Top Link, de Paulo Baron, e tornou realidade o sonho dos fãs maranhenses dos "ESCORPIÕES". Veja matéria coletiva imprensa.

Scorpions durante entrevista coletiva concorrida em um hotel de São Luís. Foto: Paulo de Tarso Jr
Scorpions durante entrevista coletiva concorrida em um hotel de São Luís. Foto: Paulo de Tarso Jr

A capital maranhense viveu uma noite de êxtase no dia 24 de setembro de 2010, no templo armado, ao lado do Terminal da Praia Grande, no Centro Histórico. Os incrédulos na realização do show dos Scorpions na ilha, anunciado desde meados de julho, testemunharam mais do que uma grande apresentação de uma lenda viva do rock, mas parecia ser o início de novos tempos no circuito de shows em São Luís. Pelo menos é o que se esperava a partir da bem-sucedida passagem da banda alemã pela Ilha.

O último show da turnê “Get your sting and blackout world tour 2010” na América Latina não ficou a dever em nada às apresentações nos grandes centros do país, tanto em estrutura quanto em energia de público e banda. Aliás, os alemães, que ao longo de 40 anos tiveram a oportunidade de tocar nos mais diversos lugares do mundo, entregaram-se ao público de corpo e alma, garantindo momentos memoráveis. A famosa “frieza” europeia passou longe dos músicos, que retribuíram a boa receptividade maranhense com muitas palavras de agradecimento e a exibição constante da bandeira do Brasil. Talvez tanta entrega tenha sido fruto da surpresa de ver cerca de 20 mil pessoas, naquele lugar inusitado – nas palavras do vocalista Klaus Meine, durante coletiva de imprensa realizada no dia anterior - cantando em alto e bom som músicas antigas e mais recentes.

Mosaico da passagem do Scorpions por São Luís. Entrevista coletiva. Foto: Paulo de Tarso Jr.
Mosaico da passagem do Scorpions por São Luís. Entrevista coletiva. Foto: Paulo de Tarso Jr.

Após a apresentação dos gaúchos da Tierramystica, com um repertório de músicas próprias e clássicos de bandas como Iron Maiden e Metallica, o Scorpions subiu ao imenso palco já mostrando que a apresentação seria “como um furacão”. Antes mesmo de o vocalista Klaus Meine começar a cantar os primeiros versos de Sting in tail ­– que dá nome ao álbum mais recente da banda – o público já foi ao delírio. Ainda do CD, os músicos tocaram The Best is Yet to Come.

A vencedora do Quiz Mirante Scorpions Renata Mercedes Coelho Costa marcou presença na entrevista coletiva do Scorpions. A jovem teve a guitarra conquistada na promoção autografada pelo quinteto alemão. Foto: Paulo de Tarso Jr
A vencedora do Quiz Mirante Scorpions Renata Mercedes Coelho Costa marcou presença na entrevista coletiva do Scorpions. A jovem teve a guitarra conquistada na promoção autografada pelo quinteto alemão. Foto: Paulo de Tarso Jr

Montar um repertório para um show de duas horas quando se tem 40 anos de carreira não deve ser tarefa fácil, ainda mais para um público até então desconhecido. Mas, o que ficou claro, é que Klaus Meine, Rudolf Schenker (guitarra), Matthias Jabs (guitarra), Pawel Maciwoda (baixo) e James Kottak (bateria) queriam mesmo era mostrar ao público que ainda têm muito gás. Não faltaram, portanto, o melhor do hardcore que produziram ao longo de sua trajetória, a exemplo de Loving you Sunday Morning, The Zoo, Holiday, Dynamite, Tease me please me e Blackout.

Um dos momentos mais marcantes do show, no entanto, foi protagonizado pelo baterista James Kottak, naquela hora em que o resto da banda toma uma água e renova as energias para o restante da apresentação. Enquanto no telão Kottak personificava as capas de alguns dos principais álbuns dos Scorpions, no palco o músico fazia o seu solo de bateria, provando estar em plena forma. Extasiado com o vigor do público, Kottak soltou um “you kick ass” – algo do tipo “vocês são f#@*”, um grande elogio no vocabulário do rock.

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