Troca de Ideia

Prêmio Oceanos bate recorde de inscrições em 2023

2.658 livros de 12 nacionalidades e publicados por 487 editoras – outro recorde batido este ano – concorrem à premiação. Os dois vencedores, um de poesia e outro de prosa/dramaturgia, serão anunciados em dezembro.

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 27/04/2023 às 10h17
Selma Caetano: coordenadora e curadora do Prêmio Oceanos
Selma Caetano: coordenadora e curadora do Prêmio Oceanos (Divulgação)

Com 2.658 obras inscritas, a edição 2023 do Oceanos — Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa bateu recorde de inscrições. Número que representa um aumento de quase 10% em relação ao ano passado. Nesta edição, concorrem obras publicadas em oito países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Reino Unido, Itália, Moçambique, Portugal e Estados Unidos. O número de editoras participantes foi de 487, outro recorde, segundo a organização do concurso. Em entrevista ao jornalista PEDRO SOBRINHO, no quadro TROCA DE IDEIA, no PLUGADO, na MIRANTE FM, na noite desta quarta-feira (26/4), SELMA CAETANO, gestora luso-brasileira e cooordenadora e curadora do PRÊMIO OCEANOS, fala da relevância da edição deste ano do evento.

Segundo SELMA, participam escritores de 12 nacionalidades: Alemanha, Angola, Brasil, Cabo Verde, Chile, França, Moçambique, Paraguai, Portugal, Reino Unido, São Tomé e Príncipe e Suíça. Dos países de Língua Portuguesa do continente africano, Angola é representada por 14 autores, Cabo Verde por 12, Moçambique por 38 e São Tomé e Príncipe aparece com um autor. A lista de livros concorrentes está disponível no site do Oceanos.

Neste ano, pela primeira vez, o prêmio terá inscrições divididas em duas listas, uma de poesia, outra de prosa (romance, conto, crônica) e dramaturgia, contando com júris específicos para a avaliação das obras. Nesse cenário, das 2.658 obras inscritas, 1.189 são de poesia e 1469 prosa (852 romances, 429 livros de contos, 147 de crônicas) e 41 dramaturgias.

O aumento registra uma tendência constante de crescimento. Segundo a coordenação da premiação, por um lado, houve nos últimos anos a consolidação de uma grande diversidade editorial no Brasil – responsável pela maior parte das inscrições –, por outro, a premiação tem sido cada vez mais difundida nos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).  

Para esse cenário, foi fundamental o trabalho dos curadores do Oceanos em África – Matilde Santos, presidente do Conselho Diretivo da Biblioteca Nacional de Cabo Verde, e do novo curador de Moçambique, João Fenhane, Diretor da Biblioteca Nacional. Completa o quadro de curadores Isabel Lucas, de Portugal, e Manuel da Costa Pinto, do Brasil, com coordenação da gestora luso-brasileira Selma Caetano.  

Avaliação

A premiação acontece em três etapas. Na primeira, os livros inscritos serão lidos e avaliados por um júri internacional composto por 160 escritores, poetas, professores e críticos literários do Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal. Após essa avaliação, em setembro são anunciados 40 semifinalistas — 20 de poesia e 20 de prosa e/ou dramaturgia.

Em uma segunda etapa, o júri intermediário seleciona dez finalistas (5 de poesia e 5 de prosa e/ou dramaturgia), lista anunciada em novembro. E, por fim, na terceira etapa, o júri final elege os dois vencedores — um de poesia e outro de prosa e/ou dramaturgia. Este ano, a premiação é de 300 mil reais, 150 mil para cada um dos ganhadores.

A lista de livros concorrentes está disponível no site do Oceanos: https://oceanos.icnetworks.org/oceanos/2023. O Oceanos é realizado via Lei de Incentivo à Cultura, pelo Ministério da Cultura, e conta com o patrocínio do Banco Itaú e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa; o apoio do Itaú Cultural, da Biblioteca Nacional de Moçambique e do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde; e o apoio institucional da CPLP. O Prêmio Oceanos é administrado pela Associação Oceanos e pelo Itaú Cultural.

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