Raiva Humana

Criança que contraiu vírus da raiva em Chapadinha continua em estado gravíssimo

Menino de dois anos foi mordido por um animal silvestre e está internado em um hospital de São Luís.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h01
Criança está internada no Hospital Universitário.
Criança está internada no Hospital Universitário. ( Foto: Reprodução)

SÃO LUÍS - Uma criança de dois anos, que contraiu o vírus da raiva no município de Chapadinha, a 250km de São Luís, continua internada em estado gravíssimo no Hospital Universitário, em São Luís. De acordo com informações da Secretaria de Estado de Saúde (SES), o caso foi confirmado em laboratório no dia 6 de outubro, mas já havia sido comunicado no dia 22 de setembro.

A criança foi mordida por um animal silvestre no povoado Santa Rita Chapadinha, mas ainda não há confirmação da origem da doença. Atualmente, está sendo feito um bloqueio e investigação em cães e gatos da localidade. Autoridades também vacinaram todas as pessoas do povoado e treinaram agentes comunitários de saúde, médicos e enfermeiros sobre o diagnóstico da raiva, além de apresentar os protocolos de atendimento.

Esse é o primeiro caso de vírus da raiva em humanos no Maranhão após oito anos. Os últimos dois casos foram notificados em 2013, nos municípios de Humberto de Campos e São José de Ribamar.

Vírus da Raiva

O vírus da raiva humana é do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. A transmissão ocorre por meio da saliva do animal infectado, principalmente pela mordida e, mais raramente, por arranhões ou lambidas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central.

No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão e aplicar produto antisséptico.

Nos casos de agressão por cães e gatos, quando possível, observar o animal por 10 dias para ver se ele manifesta doença ou morre.

Em geral, os sintomas da doença são alterações de comportamento – confusão mental, desorientação, agressividade, alucinações; espasmos ao sentir água ou vento – hidrofobia; mal-estar geral; aumento de temperatura; náuseas; dor de garganta; entre outros.

Para animais silvestres não há vacinação, por isso o indicado é nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.

A vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da raiva nesses animais, o que consequentemente previne também a raiva humana. Há registro de pessoas que sobreviveram após contrair a raiva, mas são casos raros.

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