Greve

Rodoviários planejam paralisação geral dos ônibus em São Luís nesta sexta-feira (1º)

Sindicato protesta contra descumprimento da nova Convenção Coletiva de Trabalho.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h14
Nova paralisação de ônibus pode ser realizada em 72 horas.
Nova paralisação de ônibus pode ser realizada em 72 horas. (Douglas Pinto)

SÃO LUÍS – Depois de realizar, nas primeiras horas desta terça-feira (26), uma paralisação de advertência nas cinco maiores empresas de ônibus de São Luís, o Sindicato dos Rodoviários do Maranhão (Sttrema) informou que uma greve será iniciada em 72 horas, ou seja, nesta sexta-feira (1º), atingindo todo o sistema de transporte público, em protesto contra o descumprimento da nova Convenção Coletiva de Trabalho, acordada entre empresários e rodoviários em dezembro de 2018. O Sttrema informa ainda que o sindicato patronal, SET, a Prefeitura de São Luís, o Tribunal Regional do Trabalho, o Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho já foram notificados sobre essa nova paralisação.

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Na Nova Convenção Coletiva, assinada em audiência no Tribunal Regional do Trabalho, ficou acordado que os rodoviários receberiam salários e ticket alimentação com os valores reajustados, o que não aconteceu. Desde o início de fevereiro, o presidente do Sttrema, Isaías Castelo Branco, tenta resolver a situação na Justiça, mas o Sindicato não obteve resposta favorável. Os empresários, por sua vez, alegam que o reajuste nas tarifas de ônibus de São Luís, autorizado pela prefeitura em janeiro, não foi suficiente para cumprimento da nova Convenção.

O impasse se agravou na última semana, quando o Sttrema decidiu pela notificação de todas as empresas de ônibus da Região Metropolitana de São Luís, o SET, a Prefeitura de São Luís e órgãos ligados à Justiça, para que a Convenção fosse cumprida em até 24 horas. O aviso, entretanto, não foi o suficiente para o cumprimento do acordo.

“Os empresários só podem achar que nós, Rodoviários, somos palhaços. Em toda a minha vida atuando em entidades sindicais, nunca eu vi, uma Convenção Coletiva de Trabalho, tratada e definida perante a justiça, não ser cumprida. Além de desrespeitarem os trabalhadores, os patrões também demonstram não estarem nem aí, para a justiça e tão pouco, para os usuários do transporte público, que recentemente foram surpreendidos com o aumento das passagens e mesmo assim, não tem, ao menos, o direito a um serviço de qualidade em São Luís. Demos todas as alternativas aos empresários, procuramos os órgãos ligados à justiça e até a Prefeitura de São Luís, que chegou a marcar uma reunião, mas depois não nos atendeu. Não nos resta outra possibilidade que não seja cruzarmos os braços, dessa vez, em todo o sistema. Nossa classe merece mais respeito e não permitiremos tamanha humilhação e descaso. Essa Convenção será cumprida, por bem ou por mal”, afirmou Isaias Castelo Branco.

Paralisação

Motoristas e cobradores de ônibus do sistema de transporte público de São Luís cruzaram os braços nesta terça-feira (26). Desde as primeiras horas desta manhã, os trabalhadores das cinco maiores empresas que operam na capital se mobilizaram nas garagens. Essas empresas atendem cerca de 70% da população que utiliza os ônibus.

A paralisação de hoje pegou muitos usuários do transporte coletivo de surpresa. As paradas e terminais de integração ficaram lotados, e muitos trabalhadores e estudantes enfrentaram transtornos. Por volta das 7h, alguns ônibus começaram a sair das garagens onde houve o movimento.

Apesar do reajuste nas tarifas concedido pela Prefeitura de São Luís, os empresários não cumprem acordo com os rodoviários. Há um mês, os preços das tarifas de ônibus do sistema de transporte foram reajustados e passaram a custar R$ 3,40 nas linhas integradas e R$ 2,95 nas linhas não integradas.

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