SÃO LUÍS - O Festival Psica é uma manifestação periférica, idealizada por dois homens negros paraenses, que valoriza a produção de artistas que compõem os novos movimentos da música amazônica. Realizado em Belém, o festival possui uma equipe formada em sua maioria por pessoas pretas e indígenas, e já teve mais de 250 artistas na programação, apresentando trabalhos autorais para o público paraense ao longo dos anos.
Buscando expandir a rede criativa do festival, o Psica desembarca em São Luís com o evento Conecta Psica, aprovado no edital Ocupa CCVM – Amazônia em Foco, do Centro Cultural Vale Maranhão. O encontro celebrará a conexão entre as culturas maranhense e paraense na sexta-feira, dia 25 de outubro, a partir das 14h, com uma programação diversa.
Debate sobre a cena da música na Amazônia Legal
Abrindo a programação às 14h, a conversa aberta Encontros Amazônicos promoverá diálogos sobre curadoria musical, economia criativa e horizontes políticos de financiamento de festivais no Brasil, com a presença de: Jasmine Giovannini (Festival Paredão - BR/RJ), Jeft Dias (Psica Festival BR/PA) e mediação de Carolina Maria dos Santos (Foz em Rede BR/MA). Jasmine Giovannini é diretora artística do Festival Paredão e produtora de criação da instituição Nem Presa Nem Morta. É curadora e produtora de projetos artísticos, comunicadora e ativista. Jeft Dias, junto do irmão, Gerson Dias, é uma das mentes por trás do Psica Festival e dos Bambata Brothers. Antes, a dupla de irmãos fazia coletâneas de brega que eram replicadas e vendidas nas periferias da região metropolitana de Belém pelo pai, que "rebatizou" os filhos como Jeft Saudade & Gersinho Paixão. Há mais de dez anos trabalha com a produção de festivais em Belém do Pará.
Vitrine para artistas maranhenses
Uma das atrações do evento é o Palco Aberto, espaço onde artistas maranhenses pré-selecionados terão a oportunidade de mostrar seu trabalho para a curadoria especializada do festival. Teremos apresentações de Pantera Black, Célia Sampaio, Gabriella Leão, Grupo 98 Goats e Paulão a partir das 18h30. A curadoria da seleção foi de Jasmine Giovannini (Festival Paredão) e Carolina Maria dos Santos, assistente local de produção do Festival Psica.
Encerramento com show de artista paraense
Finalizando a programação do Conecta Psica, a partir das 19h30, o musicista, cantor, compositor e multi-instrumentista transgênero amazônida Flor de Mururé se apresenta no CCVM. Nascido em Belém (PA), tem como referência de musicalidade pessoas trans, negras, originárias e suas raízes. Suas músicas e sonoridades envolvem ritmos como: coco, hip hop, guitarrada, pop, blues, carimbó e outros ritmos amazônicos. Atualmente circula com o trabalho CROA, seu primeiro disco, que conta com as participações do baiano Tiganá Santana, do grupo pernambucano Bongar e do paraense Trio Manari, além do mestre da guitarrada Manoel Cordeiro.
O Conecta Psica será realizado no Centro Cultural Vale Maranhão, que fica localizado na Rua Direita, nº 149, Centro Histórico de São Luís, totalmente gratuito.
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