A vida íntima das frases
A vida íntima das frases (com esse belíssimo título) de Deonísio da Silva, é um interessante livro que traz explicações para a origem de expressões que se consolidaram ao longo da história humana.
A vida íntima das frases (com esse belíssimo título) de Deonísio da Silva, é um interessante livro que traz explicações para a origem de expressões que se consolidaram ao longo da história humana. De sua notável seleção escolhemos algumas muito apropriadas para os tempos que vivemos.
1. Beija-me com os beijos da tua boca.
Esta frase está num dos mais belos livros da Bíblia O cântico dos cânticos, esplêndido poema sobre o amor feito por Salomão (970 a 930 a.C ) que se casou com cerca de mil mulheres entre esposas e concubinas e ainda teve tempo para escrever livros cheios de sabedoria. Salomão tinha, pois, conhecimento de causa para falar do amor e quando diz “Beija-me com os beijos de tua boca”, significa que precisava lembrar isso à sua parceira do momento, pois tinha tantas que poderia estar pedindo para ser beijado por uma com os lábios de outra.
2. Cada povo tem o governo que merece.
É de autoria do filósofo francês Joseph de Maistre, crítico da Revolução Francesa, inimigo das repúblicas e defensor das monarquias e do papa. Apesar da frase, a princípio, esculhambar todos os governos, meio que na base do “hay gobierno, soy contra”, cai melhor nos governos eleitos democraticamente, sugerindo que o povo é vítima de suas próprias escolhas.
No caso do povo brasileiro, será que o Povo merece mesmo Bolsonaro antes e Lula depois, isso após ter penado sob Dilma Roussef? Guardo a impressão de que essa sina é mais ou menos como a contingência cruel dos idosos que elegem a velhice como o melhor dos mundos porque a outra opção é muito pior. São “os ossos do ofício” da vivência humana já que ninguém pediu para viver e, muito menos para viver sob o mando de presidentes como Lula e Bolsonaro.
3. Ao Deus dará.
Essa frase servia de resposta, nos tempos idos, dada aos mendigos por quem não queria dar esmolas. Em vez de doá-la esquivavam-se com um providencial: Deus Dará! No século XVII um negociante português de tanto proferir a frase passou a acrescentá-la o próprio nome tornando-se conhecido como Manuel Álvares Deus Dará. Seu filho Simão Álvares Deus Dará foi provedor-mor da Fazenda do Brasil, certamente escolhido a dedo e principalmente pelo nome.
São tão escassos os recursos nacionais nos tempos atuais e tão gigantescos os pedidos que se o presidente da República Lula soubesse dessa história rebatizaria seu ministro da Fazenda de Hadad Deus Dará e pronto, a mensagem estava dada e seu problema solucionado.
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