Irregularidades

Cantor Leonardo é incluído na “lista suja” do trabalho escravo

A lista, divulgada nesta segunda-feira (7), aponta a Fazenda Talismã, de propriedade do cantor, como responsável por irregularidades envolvendo seis trabalhadores.

Na Mira

A Fazenda Talismã, associada à criação de gado, foi citada no relatório entre os empregadores que infringiram as normas trabalhistas ao manter funcionários em condições degradantes.
A Fazenda Talismã, associada à criação de gado, foi citada no relatório entre os empregadores que infringiram as normas trabalhistas ao manter funcionários em condições degradantes. (Foto: reprodução / Instagram)

BRASIL - O cantor sertanejo Leonardo, nome artístico de Emival Eterno da Costa, foi incluído na mais recente atualização da “Lista Suja” de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão.

A lista, divulgada nesta segunda-feira (7), aponta a Fazenda Talismã, de propriedade do cantor, como responsável por irregularidades envolvendo seis trabalhadores. A fazenda está localizada no município de Jussara, Goiás, a pouco mais de 220 km da capital, Goiânia.

A inclusão do nome de Leonardo chama atenção pelo fato de ele ser uma figura pública conhecida no Brasil, especialmente no cenário da música sertaneja. A Fazenda Talismã, associada à criação de gado, foi citada no relatório entre os empregadores que infringiram as normas trabalhistas ao manter funcionários em condições degradantes.

Atualização da “Lista Suja”

A lista divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é atualizada a cada seis meses e, nesta edição, traz 727 empregadores. Além de Leonardo, outros 176 nomes foram incluídos nesta segunda-feira. Dentre eles, destacam-se 22 empregadores do segmento de produção de carvão vegetal, 17 da criação de bovinos, 14 da extração de minerais, e 11 dos ramos de cultivo de café e construção civil.

O documento é uma ferramenta importante para o combate ao trabalho escravo no Brasil, e sua elaboração segue um rigoroso processo administrativo. Segundo o MTE, a inclusão na lista só ocorre após a conclusão de um processo que julga especificamente as denúncias de condições análogas à escravidão, resultando em uma decisão administrativa definitiva.

Além das novas inclusões, a atualização desta segunda-feira também marcou a exclusão de 85 empregadores que completaram dois anos de permanência na lista, tempo estabelecido pelas regras para a exclusão, desde que não haja reincidência ou novas denúncias.

O caso de Leonardo agora atrai os holofotes para um problema antigo no Brasil, onde ainda se verificam situações de exploração extrema de trabalhadores, especialmente em setores rurais e de grande produção.

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