BRASIL - Nesta quinta-feira (15) uma decisão judicial nomeou Fernando Sarney como interventor da CBF. Ele promete convocar eleições com a maior brevidade possível. Primeiro, quer "sentar a bunda na cadeira um ou dois dias" para tomar pé da situação, mas sem mudanças radicais.
“Estou assinando termo de posse no TJ e depois vou à CBF. Vamos lá para fazer eleição com o menor prazo possível. Temos que fazer uma transição democrática”, disse Fernando Sarney.
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Sobre o acerto com Carlo Ancelotti, que foi alvo de um dos questionamentos de Fernando Sarney em sua ação no TJ-RJ, o interventor lembrou que a petição na Justiça tratava do que via como "manobra diversionista" de Ednaldo Rodrigues no meio da crise na CBF.
“Não vou mexer com isso, não. O futebol segue a sua vida. Sou apenas transitório”, afirmou o interventor.
“Meu objetivo é no menor espaço de tempo fazer a eleição, primeiro vou sentar a bunda na cadeira um, dois dias. Resolver isso para acabar com isso, essas brigas na Justiça”, disse ele.
Em sua petição ao TJ-RJ na noite dessa segunda-feira (12), os advogados de Fernando Sarney criticaram o anúncio da contratação de Carlo Ancelotti, feito na manhã do mesmo dia.
“Agora, ao que parece, como uma tentativa de “emparedar” a atuação jurisdicional sobre a irregularidade de sua manutenção na direção da CBF, às pressas, por ordem de Edinaldo Rodrigues a CBF anunciou a contratação milionária do técnico Carlo Ancelotti”, diz trecho do texto.
Entenda o porquê da saída de Ednaldo Rodrigues
Ednaldo Rodrigues, afastado da presidência da CBF em decisão proferida pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), teve a eleição questionada via Supremo Tribunal Federal (STF).
Isso porque dois pedidos foram feitos ao STF para a saída de Ednaldo do cargo. Além do argumento da deputada Daniela do Waguinho, do União Brasil do Rio de Janeiro, houve também pedido do agora interventor da CBF, Fernando Sarney. Neste caso, Fernando Sarney ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7580).
A alegação é de que a assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes, homologando a princípio a eleição de Ednaldo como principal dirigente da entidade máxima do futebol brasileiro era inválida, já que Coronel Nunes seria incapaz de tomar tal ação.
Antes de decisão que o retirou da presidência da CBF, Ednaldo disse estar "tranquilo"
O agora presidente afastado da CBF, Ednaldo Rodrigues - destituído da função na tarde desta quinta-feira - disse horas antes da decisão que o retirou da função máxima de direção do futebol brasileiro que estava tranquilo.
O dirigente está em Assunção, no Paraguai, para o congresso da Fifa deu a declaração minutos antes da decisão do desembargador Gabriel Zéfiro, na 21ª Câmara de Direito Privado, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ter definido a sua saída do cargo.
Em sua saída do congresso da Fifa, às 16h41, Ednaldo deu entrevista e disse que tinha “certeza absoluta” de que o ex-dirigente da CBF, Coronel Antônio Nunes assinou por conta própria o acordo realizado em janeiro que encerrou disputas na Justiça e permitiu a realização da eleição que reelegeu Ednaldo Rodrigues, com o apoio de representantes das 27 federações do futebol nacional.
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