IMPERATRIZ – A diarista Alveni Leite Lima, de 38 anos, que foi assassinada com oito facadas, no último domingo (4), pelo ex-companheiro, o caseiro Antônio Ferreira da Silva, de 52, havia pedido na Justiça, medida protetiva. Ela registrou Boletim de Ocorrência, porém, não foi atendida.
De acordo com a família da vítima, Alveni sofreu várias agressões durante o tempo em que viveu com o assassino, cerca de cinco anos. Tanto que chegou a se separar três vezes. Foi à polícia e fez ocorrência sobre as agressões e ameaças em vão. Agora, o Ministério Público quer saber por que a vítima não recebeu da Justiça, a Medida Protetiva, e está investigando o caso.
Alveni e Antônio tiveram um relacionamento conturbado, segundo informou Antônio em depoimento. Chegaram a separar algumas vezes, sendo a última no começo de dezembro, quando a mulher passou a ter um novo relacionamento com Raimundo Edelson Paixão Pereira, de 38 anos, que também foi assassinado ao travar luta corporal com o agressor. Ele recebeu 12 facadas.
Inconformado com o novo relacionamento da mulher, Antônio comprou uma faca e passou a perseguir o casal. Segundo disse em depoimento, ele havia tentado matar a mulher na última sexta-feira, mas não deu certo, o que acabou acontecendo no domingo.
Antônio Ferreira da Silva é natural da cidade de Itueta (MG). Por lá, mantinha esposa e filhos. Em uma das separações com Alveni, ele havia voltado para sua cidade natal. Atualmente residia em Imperatriz e trabalhava como caseiro numa chácara no local conhecido por Jatobal, no Estado de Tocantins, região do Bico de Papagaio.
Após assassinar o casal com requintes de frieza e crueldade, o homem ainda tentou fugir, mas foi perseguido por populares. Com medo de ser agredido, ele se entregou a polícia, que se encontrava num trailer localizado na rua Aquiles Lisboa, próximo ao local do crime. Agora preso, o homem vai responder por homicídio duplo, triplamente qualificado.
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