Operação Maravalha no Maranhão

Operação da PF destrói serrarias e prende três pessoas no sudoeste do MA

A operação foi nos municípios de Buriticupu, Arame e Amarante do Maranhão.

João Rodrigues/ Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h25
A operação cumpriu ordem judicial em três municípios.
A operação cumpriu ordem judicial em três municípios. (Foto: Divulgação/ PRF-MA)

IMPERATRIZ – Dez serrarias que funcionavam clandestinamente nos municípios de Buriticupu, Amarante do Maranhão e Arame foram destruídas como parte da Operação Maravalha, que está sendo realizada desde as primeiras horas desta quinta-feira (23) pela Polícia Federal, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ibama) e Polícia Rodoviária Federal. Três pessoas foram presas em flagrante na ofensiva.

O delegado Júlio Sombra, que coordena a ação, disse em entrevista coletiva na sede da Delegacia da PF em Imperatriz, que a operação tem por objetivo cumprir ordem judicial no bojo de Ações Civis Públicas contra os estabelecimentos que agiam de forma clandestina na região sudoeste do Estado.

“Estas serrarias estão sem nenhuma documentação, são totalmente clandestinas, e essa ação policial decorre de três ações civis públicas que liminarmente foram deferidos os mandados de interdição contra seis, desses dez estabelecimentos”, disse o delegado Júlio Sombra.

Sombra acrescentou que os levantamentos apontaram que existiam outras serrarias em atividade, o que levou as equipes da PF e do Ibama a lavrarem o flagrante e determinarem a destruição dos galpões dos estabelecimentos e autuar os responsáveis.

“Os crimes investigados aqui são receptação qualificada por ter madeira no pátio no intuito de comercializar sem nenhuma documentação. É crime ambiental ter em depósito produto florestal sem a licença do Ibama, e descumprir embargo, já que é essas serrarias, a maioria delas, já tinha o procedimento de embargo pelo Ibama, procedimento até antigo de 2010”, destacou Sombra.

Algumas serrarias, ainda, segundo o delegado da PF, acumulam multas de R$ 4 milhões.

“(...) Por isso que estamos recorrendo a uma medida drástica que é a destruição. Na nossa ideia, é só sair da cidade depois que o ultimo barracão da serraria tiver destruído para eles não terem a oportunidade de voltar”, adiantou. Além dos barracões vão ser destruídos, também, os maquinários e as toras que tiverem, por ventura nas serrarias, para impedir que os criminosos possam tirar algum proveito da prática criminosa.

A Polícia Rodoviária Federal participa da operação com uma tropa de choque.

“Nós estamos com efetivo, inclusive com tropa de choque, à disposição das equipes que estão fazendo os flagrantes do Ibama e da Polícia Federal, e sem prejuízo nos alvos já voltados para o cumprimento desses mandados, dessas ações determinadas judicialmente”, disse o chefe da PRF na operação, Paulo Moreno.

Moreno acrescentou que durante a ofensiva seus policiais aproveitaram para fazer uma fiscalização nos locais e no trânsito para estas serrarias quanto a ilícitos criminais. Um dos resultados foi a apreensão de uma caminhonete clonada.

Investigações

A Polícia Federal está, ainda, analisando a situação do entorno das serrarias destruídas em razão de elas terem recebido madeira extraída de forma clandestina das terras indígenas Arariboia, Caru, e da Reserva Biológica do Gurupi. A madeira era transportada ilegalmente nas serrarias e vendida para várias cidades do Nordeste.

Pela ordem, o município com maior número de serrarias destruídas foi Buriticupu: 8 serrarias. Em seguida vem os municípios de Arame e Amarante do Maranhão com um estabelecimento cada um.

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