Sem pagamento

Uema: professores contratados paralisam atividades

Segundo os docentes, cinco meses do ano passado não foram pagos.

Alan Milhomem / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h44
(Foto: Alan Milhomem / Imirante Imperatriz )

IMPERATRIZ – Os professores seletivados da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), em Imperatriz, paralisaram as atividades nessa segunda-feira (6) e afirmam que só vão retornar ao trabalho após receberem o pagamento referente aos cinco meses do ano passado que está atrasado.

Segundo os docentes, um acordo foi firmado em fevereiro com a instituição para que o pagamento dos salários atrasados fosse feito no mês de março, mas o acordo não foi cumprido. Os professores reclamam, ainda, de um desconto de, aproximadamente, R$ 500 nos pagamentos dos três meses deste ano.

“São cinco meses e o 13º proporcional que não foram pagos. O Estado e a Uema não se manifestam. Fizemos o acordo em fevereiro para o pagamento em março, mas nada foi pago. Confiamos no Estado, confiamos na instituição e voltamos as atividades, mas nada foi feito”, afirma o professor do departamento de Educação, Jhonata Moura.

De acordo com o professor do curso de Medicina Veterinária Patrick Assunção, os professores contratados só vão retomar as atividades depois que o pagamento for regularizado. “Muito professores só trabalham aqui e precisam se sustentar, alguns estão pagando para trabalhar. O que revolta é a negligência da instituição e a falta de informação. Ninguém fala nada”, reclama.

O professor José Maia, que ministra aulas nos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária, também reclama dos pagamentos dos meses deste ano que estão abaixo do que foi acordado e a Uema não explica o real motivo destes descontos.

Em Imperatriz são 81 professores seletivados, o que representa cerca de 70% do quadro de docentes da instituição. As aulas e outras atividades estão suspensas. “Não é só a gente que está prejudicada, os alunos também perdem porque não tem aulas, atividades e lançamentos de notas. Esse é um problema de muitos anos. Aqui são os professores contratados que fazem a maior parte das atividades, quando isso deveria ser feitos por professores concursados”, finaliza Patrick Assunção.

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