SÃO LUÍS - A Federação Maranhão de Futebol (FMF) continua sob intervenção após decisão da Justiça e o presidente do Maranhão Atlético, Carlos Eduardo, afirma que o clube vem sendo prejudicado por conta da falta de repasses de valores pagos para arbitragem. O dirigente do MAC afirma que o clube paga a arbitragem e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) repõe o dinheiro, o que não vem acontecendo de forma regular.
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“Só a arbitragem do VAR do jogo contra o Central deu R$ 26 mil. Funciona da seguinte maneira, o clube tem que ter o dinheiro. O clube paga e a CBF faz o ressarcimento. Mas no dia do jogo, tem que ter o dinheiro da arbitragem. O plano do Maranhão é pagar a arbitragem do jogo contra o ASA com o dinheiro [ressarcimento] do jogo do Central”, explicou Carlos Eduardo.
Só que na sequência, o dirigente do MAC detalhou o que vem ocorrendo. "Só que estamos passando pela intervenção [na FMF], então os repasses (da CBF) não estão sendo feitos como deveriam ser, dentro do prazo. Então nesta intervenção, não sei como a CBF está agindo com a federação. Então o torcedor indo ao estádio, comprando seu ingresso na bilheteria e não na mão de cambistas, é uma forma do clube fazer 'caixa'" disse o presidente do MAC.
CBF tenta mudar interventor
Neste mês, a CBF tentou impedir a continuidade do processo de intervenção na FMF, mas o juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, determinou a continuidade dos trabalhos da interventora Suzan Lucena e sua equipe. Lucena assumiu o comando provisório da entidade após Justiça aceitar pedido do Ministério Público do Maranhão e afastar toda a cúpula da diretoria da FMF, acusada cometer irregularidades graves em sua gestão.
Entenda o caso
O Ministério Público do Maranhão ingressou com uma Ação Civil Pública (ACP) na Justiça do Maranhão contra a Federação Maranhense de Futebol (FMF) e o Instituto Maranhense de Futebol (IMF). Nessa ação, o MP acusa as entidades de irregularidades na gestão, falta de transparência e possível desvio de finalidade institucional. Segundo o MP, 17 dirigentes da federação - incluindo o presidente da FMF, Antônio Américo Lobato Gonçalves, e o presidente do IMF, Sílvio Arley Brito Fonseca -, foram denunciados.
Essa ação tramita na Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís. O Ministério Público afirma que essa ação tem valor de causa fixado em R$ 2 milhões. A ação pediu ainda o afastamento dos dirigentes da FMF e do IMF e que fosse feita a nomeação de administradores provisórios, o que já aconteceu, assim como o afastamento de todos os denunciados, incluindo o presidente Antônio Américo.
Em nota, a FMF afirmou que “recebeu com incredulidade o pedido de afastamento de sua diretoria, protocolado pelo Ministério Público do Maranhão, uma vez que sempre colaborou de forma plena com as autoridades”.
Ainda em sua nota, o MP-MA informa que as investigações tiveram início “após o recebimento de uma representação formal apontando que a FMF teria convocado, em janeiro deste ano, assembleias para votar contas da entidade e alterar o estatuto, sem oferecer acesso público a documentos essenciais, como balanços financeiros, atas, normas eleitorais e estatuto atualizado”.
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