Avenger será o novo Jeep de entrada no Brasil
Novo SUV compacto será produzido em Porto Real (RJ) a partir de 2026 e deverá vir com sistema híbrido-leve.
A Jeep comemora uma década de produção no Brasil, com mais de 1 milhão de SUVs vendidos desde 2015, e anuncia a fabricação do Jeep Avenger no País a partir de 2026, integrando a linha com Renegade, Compass e Commander.
O novo SUV, baseado na plataforma CMP da Stellantis, deverá ser produzido em Porto Real (RJ). Com investimentos de R$ 3 bilhões na modernização desta fábrica, a produção do Avenger começará no final do primeiro semestre de 2026, com lançamento previsto para essa época, e será o primeiro Jeep produzido fora de Goiana (PE).
O modelo compacto, menor que o Renegade, será inicialmente equipado com motor 1.0 turbo híbrido leve (MHEV) de até 130 cv. Seu porta-malas acomoda 380 litros de capacidade.
Na Europa, oferece diversas versões, incluindo 100% elétrica, e no Brasil, terá um bom custo-benefício, posicionado como o de entrada da marca, enfrentando forte concorrência de outros SUVs compactos. Durante apresentação, o presidente da Stellantis na América do Sul afirmou que o Renegade continuará em linha.
Basalt é o Citroën número 1 milhão do Brasil
A planta da Stellantis em Porto Real celebrou a produção do Citroën número 1 milhão no Brasil, após 24 anos de operação iniciada com o lançamento do Xsara Picasso.
Ao longo dos anos, a fábrica produziu 11 modelos, incluindo várias versões do C3, Aircross, C4 Cactus e a família C-Cubed.
A marca escolheu o modelo Basalt Shine, um SUV Coupé vermelho rubi, como símbolo de sua história de sucesso.
O Polo Automotivo já somou 1,8 milhão de unidades, contando com a Peugeot que transferiu sua produção na Argentina em 2023 ao encerrar o ciclo de 2008.
Atualmente, a fábrica opera em um turno e meio, produzindo cerca de 130 mil veículos por ano, com capacidade de até 180 mil. Por dia são montados cerca de 260 veículos e a planta conta com 1.800 colaboradores diretos.
Nova bateria deve baratear carros elétricos
A General Motors anunciou o desenvolvimento da bateria LMR, formada por uma mistura de aproximadamente 35% de níquel e 65% de manganês, sem cobalto, que promete maior autonomia, menor custo e maior eficiência para veículos elétricos.
Essa tecnologia, estudada desde os anos 1990 e aprimorada com parcerias, superou problemas técnicos anteriores de durabilidade e capacidade, possibilitando a fabricação de células mais simples, leves e econômicas.
A GM já usa baterias NMCA em seus modelos, mas a nova bateria LMR, com formato retangular e maior capacidade, deve alcançar mais de 640 km de autonomia e oferecer recargas rápidas, além de reduzir significativamente o número de peças e custos de produção.
A produção em larga escala está prevista para 2028 nos EUA, visando colocar a GM na liderança do mercado de veículos elétricos com preços mais acessíveis.
Titano começa a ser produzida na Argentina
A Stellantis iniciou a produção da picape Fiat Titano no Polo Automotivo de Córdoba, na Argentina, substituindo a fabricação anterior no Uruguai, como parte de um projeto de exportação de picapes na região.
O investimento de R$ 2 bilhões possibilitou a criação de componentes locais, motores de alta qualidade e geração de 1.800 empregos, metade deles ocupados por mulheres.
A nova Titano conta com motor MultiJet turbodiesel 2.2 de 200 cv, transmissão automática de oito marchas, direção elétrica e itens do sistema Adas. A picape deve chegar ao Brasil em junho.
A produção na Argentina reforça a tradição do país em fabricar picapes, ao lado de modelos como Toyota Hilux, Ford Ranger, VW Amarok e Nissan Frontier.
Em 2024, a Titano, produzida no Uruguai, vendeu cerca de 800 unidades mensais, com preço competitivo e porte robusto, apoiada por uma ampla rede de mais de 500 concessionárias no Brasil.
*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br e do canal @viadigitalmotors no YouTube. Acesse: linktr.ee/viadigitalmotors
E-mail: lucia@viadigital.com.br
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