SÃO LUÍS – Considerado uma “joaia” quando surgiu nas categorias de base do futebol paulista, principalmente quando passou a atuar no Corinthians, o maranhense Abuda, tenta, aos 37 anos, retomar a carreira, que, se não foi brilhante como muitos esperavam, tem bastante história. Atualmente defendendo o Tupan na Série B do Campeonato Maranhense, o atacante, que é campeão mundial Sub-17 pela Seleção Brasileira, fez dois gols na última vitória da sua equipe e foi o entrevistado no quadro esportivo do jornal Bom Dia Mirante.
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Abuda ficou conhecido no futebol brasileiro depois das suas passagens nas equipes profissionais do Vasco e Corinthians, e também nas categorias de base da Seleção Brasileira, mas a carreira acabou dando uma guinada e, após rodar por várias equipes, inclusive na Europa, ele luta para voltar a brilhar nos gramados – e na equipe que ele começou a dar os primeiro passos na carreira.
“Comecei no Tupan, ali no campo da Veneza [no bairro da Alemanha], depois fui para São Paulo, com 14 anos. Depois Corinthians, Wolfsburg (Alemanha). Japão, França, Emirados [Emirados Árabes Unidos] e hoje poder voltar a defender a camisa do Tupan é uma felicidade imensa”, comentou o atleta.
Sequência, Abuda acompanhou no estúdio uma reportagem sobre sua ascensão no futebol, exibida há 20 anos, quando ele foi campeão mundial sub-17 com a Seleção Brasileira. “Pude surgi no futebol Brasileiro, Mundial. Poder vestir a camisa da Seleção Brasileira, conquistar o título, independente da categoria. Isso foi um sonho de infância que eu tive. Sempre falava para minha mãe, para os meus irmãos, que um dia eu jogaria na Seleção Brasileira. E Deus me deu essa oportunidade, realizei meu sonho”, contou Abuda.
Abuda falou ainda sobre a possibilidade de ajudar a família com o futebol. “Graça a Deus deu para reformar a casa. Hoje nessa casa mora minha irmã, depois compramos outra. Graças a Deus eu olho para trás e muitas coisas foram conquistadas. Com muito trabalho, com muito esforço. Persistência e ver a minha mãe sossegada em casa. É um sonho realizado”.
O atacante do Tupan disse que fez um “pé de meia” com a sua carreira internacional e hoje, mesmo jogando em times menores, consegue se manter. “Fiz, graças a Deus. Dá pra me manter. Com um pouco de sacrifício. Dá para dar conta do recado”.
Comparado a grandes jogadores do passado, como o atacante Viola – que defendeu Santos, Corinthians e Seleção Brasileira –, Abuda falou o que ele acha da sua carreira. “Desde o próprio Corinthians eles me comparavam com Viola. Apesar da idade, Viola surgiu com 18 anos, eu surgi com 17. Em situação que o Corinthians precisava sair da zona de rebaixamento. Surgiu eu, Rosinei, Elton, Roni. E ali a gente foi agregando coisas boas na minha carreira. Poderia ter feito algo diferente na minha vida profissional. Onde saí um pouco do caminho, do eixo. E acabou me prejudicando bastante. E hoje eu digo para esses meninos que estão começando a carreira para não ir atrás de amizades, de bebida”.
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