Jogos Olímpicos

Tóquio 2020: Comitê Olímpico enfrenta dificuldades com gastos

Líderes de cidades vizinhas não querem contribuir financeiramente com os jogos.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h27
Estádio Nacional foi projetado com arquitetura futurista. Gastos com o evento girarão em US$ 15,5 milhões (em torno de R$ 50 bilhões).
Estádio Nacional foi projetado com arquitetura futurista. Gastos com o evento girarão em US$ 15,5 milhões (em torno de R$ 50 bilhões). (Arte/ Zaha Hadid Architects)

JAPÃO - A organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 fica cada vez mais complicada para as autoridades japonesas. Nesta segunda-feira, diversos líderes municipais dos entornos da cidade-sede enviaram uma carta pedindo para não serem responsabilizados pelos gastos com os preparos para as Olimpíadas.

Na carta enviada à Yoshiro Mori, presidente do Comitê Olímpico Organizador dos Jogos de 2020, e Yuriko Koike, governadora de Tóquio, seis prefeituras menores e quatro de cidades importantes nos arredores da capital pediram que a política adotada em 2013 fosse mantida. À época, ficou acordado que o Comitê cobriria os gastos para a construção das instalações, sem respingos nos governos locais.

Em abril de 2016, o Comitê Organizador e a Assembleia Metropolitana de Tóquio chegaram a um acordo para a revisão desta política. Nesta revisão, foi proposto à governadora Yuriko em setembro que os municípios vizinhos que também receberão as Olimpíadas custeiem a construção das instalações temporárias fora de Tóquio.

“Acreditamos que a política adotada quando Tóquio foi escolhida para os Jogos permanece inalterada”, afirmou o governador de Kanagawa, Yuji Kuriwa, quando entregou à carta à Koike. No documento, é dito que “há uma crescente inquietação entre as organizações municipais”.

Na última semana, o Comitê Organizador afirmou que os custos dos Jogos Olímpicos estariam estimados entre 45 e 51 bilhões de reais, sendo que apenas cerca de R$ 14 bilhões seriam bancados pelo próprio Comitê, deixando aos governos o restante da conta.

Kiyoshi Ueda, governador de Saitama, uma das principais cidades na cercania de Tóquio, também esteve na entrega da carta. “Estou ofendido com essas conversas sobre custos uma vez que ninguém nos contatou para uma consulta formal”, afirmou Ueda. A governadora da capital afirmou que as considerações dos governos menores serão levadas à diante.

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