IMPERATRIZ – Fundado em 4 de janeiro de 1962 como Sociedade Atlética Imperatriz (SAI), o primeiro time de futebol profissional da cidade que se tem conhecimento, ficou popular mesmo na década de 1970 pelo apelido de Cavalo de Aço, uma homenagem do presidente da época, Severino Silva, a uma novela de nome homônimo, da Rede Globo.
Em 53 anos de fundação o clube conquistou um titulo do Estadual de 2005 e desde então o bicampeonato bateu na trave em 1995, 1997, 2003 e 2013, quando o time ficou com o vice-campeonato.
O funcionário publico aposentado, Pedro Faustino de Sousa Neto explica que o fundador do time foi um major da PM, que deixou a cidade pouco tempo depois.
“Ele (o major) foi embora e eu assumi. Fiquei até 1960 quando passei a diretoria para Severino Silva, que ficou até 1979, quando assumi novamente e profissionalizei o time com grande colaboração do nosso amigo Marcelo Rodrigues”, orgulha-se.
Pedro Faustino relembra que o primeiro uniforme trazia as cores vermelho e azul e somente anos mais tarde foram adotadas as cores atuais, vermelho e branco.
O ex-presidente negou que o time tivesse adotado no uniforme a logomarca da novela, como chegou a ser cogitado nas redes sociais esta semana.
“Não foi colocado nada da novela nas camisas do time do Imperatriz. Apenas o Severino, baseado na novela, passou apelido do Imperatriz para Cavalo de Aço e esse apelido pegou e segurou”, sustenta.
Dentre os primeiros presidentes, Severino Silva é o mais lembrado. A revelação de Pedro Faustino sobre a fundação esclarece um equivoco historico, porque até agora muita gente, ainda, tinha Severino como o fundador do time.
O presidente do Sindicato dos Arrumadores de Imperatriz (SAI), João Carlos Sousa, por exemplo, disse em entrevista que Severino havia fundado o Imperatriz, mas acabou reconhecendo, após conversa com um veterano colega dele de sindicato, que Faustino tinha razão.
Por um período o time e o sindicato tiveram o mesmo presidente e, coincidência ou não, a mesma sigla (SAI).
“Quero deixar registrado como Severino Silva foi o primeiro presidente do Sindicato dos Arrumadores e que ele deixou para nós algumas fotos, e até documentos, a respeito que em 1970 a Sociedade Atlética Imperatriz consagrou-se campeã do Torneio Proletário e dai para frente surgiu esse time (...)”, enfatiza João Carlos.
O dirigente sindical apresentou e manuseou um álbum da história do sindicato em que estavam duas fotos, em preto e branco, de jogadores do sindicato que seria uma das primeiras formações do Cavalo de Aço.
“Para a gente foi muito maravilhoso e o que a gente vê é que todo mundo tem uma satisfação de ter uma equipe como o Cavalo de Aço (...)”, comemora João Carlos.
Da fundação até agora o time do Imperatriz passou por várias diretorias. Após Severino Silva ocuparam o cargo, entre eles, o advogado Argentino Silva, o comerciante Wantuil Zavarizze, o empresário Damião Benício, o administrador Humberto Castro, o radialista Edivaldo Cardoso, o jornalista Willian Marinho, o publicitário Nilson Takashi (campeão em 2005) e atualmente o vereador José Carneiro Santos, o Buzuca.
Pedro Faustino relembra que o Imperatriz continua com o apelido, mas a razão social mudou durante a gestão de Humberto Castro.
“Quando o Humberto Castro (na época diretor do Sistema Mirante em Imperatriz) assumiu surgiu um problema lá com o time, não sei bem o que foi, e teve de mudar de nome para Sociedade Imperatriz de Desportos, nome que continua até hoje”, completa Faustino.
A sigla inicial coincidia com a do Sindicato dos Arrumadores de Imperatriz (SAI), e houve que chamasse o time, at[e, de Sociedade Imperatrizense de Futebol, mas uma placa da época da fundação em poder de Pedro Faustino não deixa dúvidas.
Cinquenta e três anos e três meses depois da fundação, o time tem neste sábado (2) a chance de conquistar o bicampeonato Estadual, uma semana depois de ter se classificado para a final da competição e garantido o retorno a competições nacionais como o Campeonato Brasileiro da Série “D”, ainda em 2015, a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil em 2016.
TORCIDA
O time do Cavalo de Aço tem uma torcida apaixonada. Com a extinção do time do Tocantins Esporte Clube (TEC), há mais de dez anos, o colorado passou a assumir praticamente toda a torcida da cidade. Desde a reforma e ampliação do Estádio Frei Epifânio, o Imperatriz nunca conquistou um titulo jogando em “casa”.
O estádio tem capacidade para cerca de 12 mil torcedores, mas oficialmente (por medida de segurança) só foram colocados à venda 10 mil ingressos para essa partida decisiva contra o Sampaio.
O time possui milhares de torcedores, alguns deles integram torcidas organizadas como Falange de Aço, Força Jovem Cavalina, Imperio Vermelho, Fiel Cavalina entre outras.
Ouça parte da entrevista exclusiva de Pedro Faustino ao portal Imirante Imperatriz:
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