FLORIANÓPOLIS - O Santos sofreu um duro revés no último domingo, pelo Campeonato Brasileiro, ao ser derrotado pelo Corinthians por 2 a 0. Mas, três dias depois de perder para o Timão, o Peixe não tem tempo para lamentações e, nesta quarta-feira, às 19h30, a equipe duela contra o Figueirense, de olho em uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil. A partida será no estádio Orlando Scarpelli, casa do time de Santa Catarina e, por isso, terá atenção redobrada dos santistas.

“Respeitamos o time deles. Sabemos a força do estádio e da torcida. Vamos dar o nosso melhor, porque na teoria é tudo muito fácil, mas na prática quem está no campo sabe o que enfrenta”, disse Ricardo Oliveira, artilheiro e capitão do alvinegro praiano, refutando qualquer favoritismo no duelo.

Aliás, independente do adversário, jogar fora de casa tem sido um pesadelo para o torcedor do Santos. No Campeonato Brasileiro, o time conseguiu apenas uma vitória como visitante. Oliveira admite a dificuldade e avisa que a equipe entrará em campo pensando em usar o regulamento a seu favor.

“Somos conscientes disso, de que fora de casa não fizemos grandes apresentações. Aquilo que sempre falo. Cada jogo é diferente do outro. A nossa postura não pode mudar. Vamos para lá com aquela confiança de fazer um grande jogo”, afirmou o centroavante, ciente de que marcar gol nesta quarta é fundamental.

“Sabemos a importância de conquistar o resultado. Vamos tentar fazer gol. Eu, os atacantes. Temos grandes chances de conseguir isso aí, sabendo dessa possibilidade, também utilizando o regulamento”, explicou.

O Peixe garante que não priorizará nenhuma competição e, apesar de todo o desgaste do elenco, vai com força máxima para Florianópolis. Victor Ferraz é a única dúvida, em função de dores na coxa. Depois de eliminar o Corinthians na fase de oitavas de final, o time da Vila Belmiro sabe que a Copa do Brasil pode ser a válvula de escape, caso a vaga no G4 do Brasileiro não seja alcançada.

O Figueirense, por outro lado, vive um momento bem distinto de seu adversário. Em 18º lugar no Brasileiro, dentro da zona de rebaixamento, o clube não nega que a Copa do Brasil é encarada como segundo plano.

“O Brasileirão é prioridade. Não queremos piorar na tabela. Então o foco é o Brasileiro. A Copa do Brasil é importante e queremos passar, mas o principal do ano é sem dúvida a Série A”, avisou Hudson Coutinho, ex-auxiliar, agora efetivado no comando do time depois da saída de Renê Simões.

E logo em sua estreia como técnico do Figueira, Coutinho não esconde que deve poupar algumas atletas nesta quarta, pensando no confronto de domingo, contra o Corinthians, pelo Brasileiro, também em casa.

“A Copa do Brasil é importante, mas o Campeonato Brasileiro é muito mais importante, pela questão física. Podemos poupar algum atleta. Isso foi um consenso na comissão”, admitiu.

Além de preservar alguns titulares, Hudson Coutinho também terá algumas desfalques para sua estreia no comando do time. O meia Carlos Alberto segue fora, se recuperando de lesão. Dudu e marquinhos também estão do departamento médico. França não joga por estar suspenso. Já Sueliton e Celsinho atuaram por outras equipes nesta edição da Copa do Brasil e, por isso, sequer puderam ser inscritos.

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