Seleção Brasileira

Ancelotti no Comando: Primeiros Passos e os Sinais do que Vem por Aí na Seleção Brasileira

Conhecido por sua serenidade, sua inteligência tática e seu histórico vencedor, o técnico italiano chegou cercado de olhares atentos, buscando devolver ao Brasil um futebol competitivo, equilibrado e, acima de tudo, vencedor.

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Atualizada em 13/06/2025 às 11h39
Ancelotti no Comando: Primeiros Passos e os Sinais do que Vem por Aí na Seleção Brasileira. (Foto: Divulgação)
Ancelotti no Comando: Primeiros Passos e os Sinais do que Vem por Aí na Seleção Brasileira. (Foto: Divulgação)

BRASIL - A seleção brasileira vive um momento de reconstrução. Após meses de transição e expectativa, os dois primeiros jogos sob o comando de Carlo Ancelotti marcaram o início oficial de um novo ciclo rumo à Copa do Mundo de 2026. Conhecido por sua serenidade, sua inteligência tática e seu histórico vencedor, o técnico italiano chegou cercado de olhares atentos, buscando devolver ao Brasil um futebol competitivo, equilibrado e, acima de tudo, vencedor.

Em campo, os primeiros compromissos trouxeram um empate fora de casa contra o Equador e uma vitória magra diante do Paraguai em São Paulo. Apesar dos números discretos, há uma sensação de que um novo modelo está sendo desenhado — com foco em solidez defensiva e mais controle no meio-campo. Enquanto isso, fora das quatro linhas, a movimentação nas melhores casas de apostas do Brasil mostra que o interesse pela seleção continua alto, mesmo em uma fase de ajustes e testes.

O início do trabalho de Ancelotti foi pragmático, talvez mais contido do que o torcedor esperava. Mas os sinais táticos, a postura em campo e a maneira como alguns jovens jogadores foram utilizados indicam um planejamento que vai além dos resultados imediatos. Com dois jogos concluídos e a classificação bem encaminhada nas Eliminatórias, o técnico começa a moldar a nova cara do futebol brasileiro.

Estreia no Equador: Ordem Tática, Mas Falta de Criatividade

No seu jogo de estreia, no dia 5 de junho, o Brasil empatou em 0x0 com o Equador, em Guayaquil. O desempenho foi marcado pela falta de profundidade ofensiva e pouca criação de chances claras. A prioridade de Ancelotti foi o equilíbrio defensivo: a defesa permaneceu compacta, com Casemiro e Bruno Guimarães controlando o meio — resultado de apenas três finalizações e menos de 50% de posse de bola.

A pontuação tática era clara: fechar os espaços e evitar erros em campo adverso. Apesar do 0x0, a imprensa elogiou a solidez de Alisson e a atuação segura de Casemiro. Mas criticou a “pobreza ofensiva”, com destaque para vinicius Jr e Estêvão, pouco apoiados na criação.

Ainda assim, a imprensa brasileira e internacional conviveu com a chamada “estreia aceitável”: calma necessária no início de uma transição, mas sem prometer brilho imediato.

Virada Tática em São Paulo: Vitória, Intensidade e Ênfase na Pressão

Na segunda partida, o cenário mudou. Em 10 de junho, no Neo Química Arena, o Brasil venceu o Paraguai por 1x0, gol de Vinícius Júnior — sua primeira pela seleção sob Ancelotti. A seleção teve controle do jogo, intensificando a pressão nos primeiros 45 minutos e conseguindo uma atuação “completa”.

Ancelotti promoveu ajustes significativos: liberou alas como Raphinha e Martinelli para avançarem com liberdade, manteve Casemiro e Guimarães com espaço para circulação, e reforçou a compactação defensiva. Vinícius abriu o placar após cruzamento de Cunha, sublinhando a sintonia entre jogadores que o técnico conhece bem do Real Madrid.

A imprensa internacional reagiu positivamente: ouviu-se elogios na Espanha (“tirou o Brasil da mesmice” e “virou a cara da seleção”) Vinícius Jr recebeu destaque tanto pelo gol quanto pela substituição por precaução ao sentir um desconforto na coxa.

Primeiros Sinais de Identidade: Defensiva Segura e Ataque em Evolução

Com dois jogos, a nova era apresenta traços táticos claros:

  • Defesa sólida: a seleção não sofreu gols, encerrando uma sequência de quatro
    partidas com gols sofridos.
  • Meio-campo equilibrado: Casemiro e Guimarães formaram um sistema eficiente de
    contenção e circulação, equilibrando o time.
  • Agressividade no ataque: embora ainda limitada, Vinícius Jr, Martinelli, Cunha e
    Raphinha demonstraram uma saída melhorada da organização inicial.
  • Pressão ativa: Ancelotti destacou a pressão como diferencial: “jogamos intensamente
    com e sem bola”.

A evolução foi visível. Do empate discreto à vitória mais consistente, o Brasil começou a esboçar a cara de um time moderno, com organização e personalidade.

Perspectivas e Desafios: O Próximo Capítulo

Agora que a seleção assegurou matematicamente sua vaga na Copa de 2026, o foco se volta para o aperfeiçoamento. A CBF planeja amistosos estratégicos (Chile e Bolívia em setembro; Japão e seleção africana em outubro e novembro) para acelerar o entrosamento.

Ancelotti precisará definir um padrão claro, com entrosamento tático e escolhas firmes de elenco. Rivaldo, por exemplo, aprova o começo, mas alerta que é hora de encerrar a fase de testes e consolidar uma base. A curto prazo, os próximos desafios são claros: manter a regularidade, dar minutos a Rodrygo e Neymar quando recuperados, e construir identidade ofensiva sustentável.

Próximos Passos do Processo

O ciclo Ancelotti ainda está no início — 2 jogos, 1 derrota para ideias prévias e 1 triunfo que consolidou a busca por um novo nível. A aposta central é que a seleção possa combinar organização defensiva com criatividade de alto nível.

O futuro reserva confrontos decisivos nas Eliminatórias, testes em amistosos internacionais e, claro, o grande objetivo: a Copa de 2026. Se construir equipe, intensidade e confiança, Ancelotti pode ser o técnico que devolva ao Brasil um protagonismo perdido. Mas é preciso manter o pé no chão, a coerência tática e a evolução constante — características incontornáveis do italiano.

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