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Padre Antônio Vieira é tema de palestra com António Abreu Freire na UNDB

Evento gratuito da AML e da UNDB, com o escritor português António Abreu Freire, relembra o impacto histórico do Sermão de Santo Antônio aos Peixes.

Na Mira, com informações de assessoria

Palestra com professor António Abreu Freire, discute legado de Padre Antônio Vieira em São Luís.
Palestra com professor António Abreu Freire, discute legado de Padre Antônio Vieira em São Luís. (Divulgação)

SÃO LUÍS -  A influência de Padre Antônio Vieira sobre a cultura e a história do Maranhão volta ao centro do debate na próxima quarta-feira (05) às 15h, durante a palestra “Padre Antônio Vieira e o Maranhão – ecos do Sermão de Santo Antônio aos Peixes”, promovida pela Academia Maranhense de Letras (AML) e pela UNDB. O encontro acontece na Sala de Conferência da UNDB, no Renascença, com entrada gratuita e aberta ao público.

O convidado é o escritor e navegador português António Abreu Freire, conhecido por seus estudos sobre Vieira e pela expedição Cruzeiro Histórico Identidade e Cidadania, que percorreu, de 2007 a 2008, os caminhos do jesuíta no Brasil e em outras partes do mundo lusófono. A viagem deu origem ao livro Diário de Bordo (Portugália Editora), em que o autor narra descobertas e reflexões sobre a herança intelectual deixada por Vieira.

A atualidade de um sermão de 1654

Pregado em São Luís, em 13 de junho de 1654, o Sermão de Santo Antônio aos Peixes é uma das peças mais notáveis da oratória barroca. Vieira o proferiu em meio a um contexto de tensão entre colonos e jesuítas, quando defendia os direitos dos povos indígenas e condenava o sistema de escravidão.

Três dias depois do sermão, o padre partiu secretamente para Lisboa, em missão diplomática, tentando convencer o rei D. João IV a editar leis em defesa dos indígenas, um esforço que resultou em vitórias importantes, mas também em forte oposição por parte dos colonos.

Considerado um marco da literatura luso-brasileira, o texto de Vieira combina alegoria e crítica social, utilizando os peixes como metáfora das virtudes e dos vícios humanos. Para António Abreu Freire, revisitar essa obra é também repensar temas ainda atuais, como justiça, ética e poder.

A iniciativa da AML e da UNDB pretende aproximar o público maranhense desse diálogo entre a tradição literária e a reflexão contemporânea, relembrando o papel histórico de São Luís como um dos berços do pensamento crítico e humanista no mundo lusófono.

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