SÃO LUÍS - "Caiu um avião no meio da população e o explica ou não se explica parte o coração". Estes são só alguns dos versos fortes que marcam a canção Vamos Postar, de Michael e os Invisíveis. É na trilha da tragédia e da violência que seguem as letras do segundo disco da banda maranhense, que emplaca dois hits em rádios e classifica duas músicas para festival, mas não lhe tirou sua característica principal: ser uma banda virtual.
As letras e os arranjos, bem como toda a produção do trabalho fonográfico, partem do músico e jornalista Michael Mesquita. “Tenho um micro estúdio em casa. Logo, gravo minhas músicas seguindo o meu tempo, sem pressa, e alterando a cada madrugada, tão logo me surgem ideias novas. Não há limite nem censura, faço música de acordo com as coisas que mexem comigo. E o momento atual é de descontrole e violência”, ressalta Michael.
A música Carnificina (clique aqui para assistir ao clipe), que inclusive a banda defendeu no Festival Made In SLZ, traduz bem a essência do disco. Dos versos, como “carnificina, não vou na rua pra não ver, foi a menina, tava no colo da mamãe, tão pequenina” é uma canção baseada em fatos reais. “Foi uma canção que surgiu do dia pra noite, em virtude de duas tragédias recentes, como a morte do querido colega e músico André Lobo e o ataque a ônibus que vitimou a pequena Ana Clara. Dois episódios emblemáticos da nossa atual situação”, explica. Outra canção inscrita e classificada para o concurso foi Decência, mas por motivos de agenda não foi possível participar da etapa.
Com oito faixas, o disco já emplacou duas canções em rádios locais: Fantasmas e Carnificina. Todas as músicas foram arranjadas por Michael, que fez também a masterização do álbum. Todas as músicas podem ser baixadas no soundcloud.com/michaeleosinvisiveis e algumas, também, estão disponíveis no palcomp3/michaeleosinvisiveis. Os discos podem ser pedidos através do Facebook do artista, por R$ 15.
Já são oito anos de trabalho musical e audiovisual de Michael Mesquita, que participou da banda The Mads e, em 2008, criou a primeira banda virtual: a MichaelBoyzBand. Em 2012, veio Michael e os Invisíveis, com uma pegada mais pesada e letras que falam do cotidiano. “Muitas pessoas me perguntam quem são os invisíveis. Pois bem, invisíveis não são os outros integrantes da banda. Os invisíveis estão presentes nas letras, são aquelas pessoas que vivem pela cidade, mas não são notadas, a exemplo de crianças de rua, moradores de rua, e vítimas da violência”, explica Michael.
Além dos trabalhos próprios, Michael Mesquita produz clipes e músicas de outros artistas, a exemplo de Audi Vebber, Pandha/sa, Utrason, Nego Kaapor, e outros.
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