SÃO LUÍS – O perigo está ali, bem de frente para a casa de Benedito, na rua Um, na esquina da avenida dos Franceses, perto do Terminal Rodoviário de São Luís. Dezenas de veículos velhos ficam expostos, sem nenhuma cobertura, tornando-os possíveis criadouros do temido mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
No local, a luta parece tão parada quanto os carros que, segundo o morador, estão lá há anos. “Ninguém resolve nada. Faz um tempo que não chega carro, mas esses daí também não saem”, conta.
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Ele se preocupa, ainda mais, porque os moradores não receberam nenhuma visita de agentes de endemia. “Dentro das casas da gente eles não andam fiscalizando, imagina num ferro-velho desses”, ressalta.
Por meio de nota, a Empresa Maranhense de Administração Recursos Humanos e Negócios Públicos (Emarhp) informou que os veículos não se encontram em situação de abandono. Leia, abaixo, na íntegra:
A Empresa Maranhense de Administração Recursos Humanos e Negócios Públicos (Emarhp) informa que vem adotando ações preventivas junto a órgãos responsáveis para evitar qualquer foco do mosquito na área. Informa, também, que os veículos apontados pela reportagem não estão abandonados, mas temporariamente sob tutela do Estado.
Mais possíveis criadouros
Na mesma avenida, em uma parte da calçada, carcaças de carros demonstram a diminuição dos esforços para combater os focos de Aedes Aegypti.
No início da avenida Presidente Médici, nas proximidades dos Franceses, um ponto de compra e venda de peças de veículos, também, oferece riscos de proliferação do mosquito. Na propriedade, há montantes de sucatas de carros, sem nenhuma proteção contra chuva, por exemplo, possibilitando, facilmente, o acúmulo de água.
Procurada, a prefeitura de São Luís, ainda, não se manifestou sobre a fiscalização destes estabelecimentos.
E não é, apenas, isso. O descarte de pneus de forma irregular continua sendo visto. Desta vez, foi na avenida Ferreira Gullar, no bairro São Francisco, no sentido da Lagoa da Jansen, em um terreno baldio.
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