Enchentes

Rio Itapecuru baixa em Mirador, e rio Tocantins sobe em ITZ; mais de mil famílias sofrem com enchentes no Maranhão

Cestas básicas e medicamentos são distribuídos pelos militares e por agentes municipais.

Imirante.com

- Atualizada em 26/03/2022 às 18h38
Em Mirador, 19 pontes desabaram ou ficaram danificadas. Foto: Divulgação/CBMMA.
Em Mirador, 19 pontes desabaram ou ficaram danificadas. Foto: Divulgação/CBMMA.

MIRADOR – O nível do Rio Itapecuru baixa lentamente, marcando 4,59 por volta das 21h dessa quarta-feira (12) e 4,56m por volta das 6h45 desta quinta-feira (13), segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA). Desde domingo (9), o volume segue abaixo de 5m, e já houve diminuição acentuada do acúmulo de água nas vias públicas, porém, alguns povoados ainda se encontram isolados. Cestas básicas e medicamentos são distribuídos pelos militares e por agentes municipais.

Contudo, o número de famílias desabrigadas e desalojadas em todo o Maranhão subiu para 1.103, ainda conforme o CBMMA. Ao todo, sete municípios já decretaram situação de emergência, são eles: Mirador, Grajaú, Barra do Corda, Jatobá, Paraibano, Formosa da Serra Negra e Imperatriz.

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Bombeiros transportam pertences de moradores em Imperatriz. Foto: Divulgação/3º BBM.
Bombeiros transportam pertences de moradores em Imperatriz. Foto: Divulgação/3º BBM.

Em Imperatriz, o rio Tocantins apresentou ontem um leve aumento no volume, chegado à marca de 9,88m, mais de três metros acima da cota de inundação. No município, 279 famílias estão desabrigadas ou desalojadas. Equipes do 3º BBM mantêm o trabalho de retirada de famílias dos locais de risco e assistência humanitária às vítimas. Seis abrigos na cidade acolhem os desabrigados.

Nas cidades de Trizidela do Vale e Pedreiras, o nível do rio Mearim segue em alta e encontra-se bem próximo da cota de inundação, marcando 5,93 m. Bombeiros da 13ª CIBM e agentes das prefeituras trabalham na retirada de famílias dos locais de maior risco. Algumas regiões estão isoladas, cerca de cem abrigos públicos já se encontram prontos para ocupação.

Em Caxias, a Defesa Civil já considera que o volume do rio Itapecuru atingiu a cota de enchente, 5,99m. Até agora há 24 famílias desabrigadas ou desalojadas por lá. Não só água, mas também muita lama invade as casas na cidade.

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil mantém o monitoramento em todo o Estado. Além dos municípios já afetados, outras cidades estão sendo acompanhadas pelos bombeiros.

Mais chuvas e prevenção

O vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, se reuniu, nessa quarta, com secretários e técnicos do governo para traçar um plano de prevenção contra chuvas no Estado. De acordo com os relatórios meteorológicos deste ano, o maior índice de chuvas deve ser registrado entre o fim de janeiro e início de fevereiro.

Os dados são do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) e do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (NuGeo/Uema). As estimativas dos relatórios apontam para um crescimento do volume de chuvas entre 20% e 80% acima das médias históricas.

Os dados deverão subsidiar ações de prevenção do governo a possíveis danos causados pelas chuvas, tanto em áreas rurais quanto urbanas. Em todos os municípios com alagamentos, as cheias dos rios estão sendo monitoradas, principalmente onde as gestões já puderam identificar riscos. Além disso, o governo informou que deverá formar um grupo de trabalho para tratar especificamente do planejamento de ações de prevenção e combate aos danos causados pelas chuvas.

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