Audiência

Representantes de operadoras falam sobre caos em telefonia

Atualizada em 27/03/2022 às 13h07

SÃO LUÍS - Utilizando um discurso extremamente prolixo, representantes das operadoras de telefonia móvel Tim, Vivo, Oi e Claro participaram nesta quinta-feira (15) de audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa, através da Comissão de Defesa do Consumidor, para discutir o sistema de telefonia fixo e móvel no Maranhão.

A audiência solicitada pelos deputados Rigo Teles (PV) e Nonato Aragão (PSL – presidente da Comissão) foi motivada devido às constantes panes no sistema de telefonia móvel registradas nas últimas semanas no Estado.

André Gustavo Rosa (Tim), Rodrigo Silva Júnior (Vivo), Antônio Leomagen de Alencar (Claro) e José Soares Júnior (Oi) em nada acrescentaram ao debate. Resumiram as suas falas fazendo propaganda da “qualidade” dos serviços prestados por suas empresas no Maranhão e relatando investimentos que as mesmas fizeram, ou ainda irão fazer, visando atender melhor a sua clientela.

Sobre as panes e os prejuízos causados a milhões de maranhenses, que rotineiramente ficam impedidos de se comunicar, os executivos não apresentaram nenhuma justificativa plausível.

“O que vimos foi um festival de propaganda. É uma [operadora] melhor do que a outra, segundo os executivos. Mas a verdade não é essa. Os serviços prestados por essas empresas no Maranhão não está sendo de qualidade. As panes verificadas diariamente prejudicam milhões de maranhenses que ficam impossibilitados de se comunicar. A audiência foi positiva porque tivemos a certeza de que é necessário agir de forma enérgica para modificar esta situação”, avaliou Nonato Aragão.

Os deputados Rigo Teles (PV) e Joaquim Haickel (PMDB) afirmaram não serem contra o lucro que as operadoras obtêm no mercado maranhense. No entanto, defenderam que se elas estão lucrando, é imprescindível que prestem serviços de qualidade.

A promotora de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcanti, também teceu duras críticas aos serviços prestados pela Tim, Oi, Claro e Vivo no Maranhão. Ela explicou que existe uma ação do Ministério Público objetivando penalizar estas empresas, caso elas continuem causando prejuízos aos consumidores maranhenses.

O gerente operacional da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Clemilton Saraiva, informou que o órgão federal, diante dos registros de panes na telefonia móvel do Maranhão, agirá com mais rigor no que diz respeito à fiscalização das empresas que operam no Estado. “A Oi, por exemplo, alegou que está ampliando a sua rede, por isso estão ocorrendo problemas. Terá, então, que nos apresentar um plano institucional de comunicação, detalhando todo este trabalho, que será fiscalizado pela Anatel. As demais operadoras também serão fiscalizadas e, caso descumpram o que determina a lei, serão penalizadas com as devidas sanções”, disse.

Para o comerciante José de Ribamar Sousa, morador do bairro Anjo da Guarda e que participou da audiência, as operadoras enganam a população com o único objetivo de lucrar cada vez mais. “Acho que é tanto cliente que a rede delas [operadoras] não consegue suportar. Isso não pode continuar dessa forma. É preciso impor um limite de clientes por operadora”, avaliou.

Também participaram da audiência pública a deputada Helena Heluy (PT); o deputado Pavão Filho (PDT); a advogada do Procon/Ma, Ludimila Sousa; e a representante da Associação Nacional das Operadoras de Celular, Ana Beatriz Sousa.

Fonte: Ascom/Assembleia

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