IMPERATRIZ- Após três de investigação, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) encerrou parte dos trabalhos na Região Tocantina. O grupo veio em busca de depoimentos e para recontar a histórias do líder político Epaminondas Gomes de Oliveira, morto sob custódia do Exército, na época da Ditadura Militar. Para os membros da CNV, o trabalho no município de Porto Franco trouxe informações de grande importância para os relatórios. No total foram 32 depoimentos colhidos nos estados do Maranhão e Tocantins.
“Temos um balanço positivo, nós colhemos depoimentos de vítimas do período da Ditadura Militar e de pessoas que conviveram com Epaminondas Gomes de Oliveira, que estavam presas em Imperatriz e Brasília. Colhemos material biológico dos filhos dele para fazer o exame de DNA”.
O próximo passo da comissão é levar o material genético dos filhos para uma análise laboratorial em Brasília (DF), para confirmar se os restos mortais encontrados lá são mesmo do líder político. Para o neto da vítima, Epaminondas Oliveira, este trabalho traz um certo alívio à família e um olhar diferente sobre quem realmente foi o avô e o que ele representou na cidade, na época da Ditadura.
“Tenho uma certa tranquilidade, o que queremos é só os restos mortalis do meu avô para serem enterrados aqui. O meu avô era comunista, as coisas que ele via de errado reivindicava, ele não usava armas, meu avô era sapateiro, um homem honesto. Meu avô lutou e resistiu até morrer”.
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