Apreensão

Operação Ka’apor fecha serrarias clandestinas em Zé Doca

Segundo a Polícia Federal, o objetivo da operação é fazer cessar a extração ilegal de madeira das reservas indígenas Alto Turiaçu e Awá-Guajá

Imirante.com, com informações da Polícia Federal

Atualizada em 27/03/2022 às 11h16
A apreensão totalizou 508,6728 metros cúbicos de madeiras nobres.
A apreensão totalizou 508,6728 metros cúbicos de madeiras nobres. ( Foto: Divulgação / Polícia Federal)

ZÉ DOCA - A Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado do Maranhão, por meio de sua Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (DELEMAPH), deflagrou no dias 31 de outubro e 1º de novembro, na localidade Nova Conquista, no município de Zé Doca, a Operação Ka'apor.

De acordo com a Polícia Federal, o objetivo da operação é fazer cessar a extração ilegal de madeira das reservas indígenas Alto Turiaçu e Awá-Guajá, assim como paralisar e interditar quatro serrarias de grande porte e um pátio de depósito de madeira, que funcionavam de forma clandestina, sem autorização de nenhum dos órgãos de fiscalização do meio ambiente.

A apreensão totalizou 508,6728 metros cúbicos de madeiras nobres, como piquiarana, mirindiba, cupiúba, barrote, tatajuba, timborana, barrote e jatobá, a maior parte em forma de toras in natura, havendo ainda madeira já beneficiada.

A Operação Ka'apor foi deflagrada com o apoio do IBAMA, da FUNAI, do ICMBio e da Polícia Militar do Estado do Maranhão (BPA), com a participação de 30 policiais federais das Superintendências do Maranhão e do Pará.

A investigação foi iniciada no início de 2018, e serão indiciados por crimes ambientais, além de furto de madeira da União, receptação na forma qualificada e formação de quadrilha, pelo menos sete pessoas.

O inquérito apura ainda o crime de exportação clandestina de produtos florestais, crimes contra a Administração Pública e crime de lavagem de dinheiro, todos relacionados com crimes ambientais. A investigação prosseguirá, haja vista haver indícios do envolvimento de diversas outras pessoas, incluindo possivelmente empresários e políticos do Maranhão e de outros Estados, segundo informações da Polícia Federal do Maranhão.

A Operação foi batizada de Ka'apor em referência a uma das etnias indígenas existentes no Maranhão. O termo "Ka'apor" significa "pegadas na mata".

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