SÃO LUÍS - Tubulação antiga, desgastada e cheia de remendos. Resultado: freguentes rompimentos na adutora do sistema Italuís, que abastece a maioria dos bairros da capital.
Veja, ao lado, na reportagem de Douglas Pinto e José Raimundo.
A tubulação é antiga, tem mais de 25 anos. Por ela passam mais de 1.700 litros de água por segundo. A pressão é tão forte que a estrutura, boa parte enferrujada, nem sempre suporta o volume de água. Quando há um rompimento, os transtornos são enormes. A rodovia federal fica inundada e os veículos passam com dificuldade. O problema atinge metade da capital, que fica sem abastecimento. Comunidades de vários bairros da cidade ficam dias sem água nas torneiras.
Todos os rompimentos de adutora nos últimos nove anos ocorreram às margens da BR-135, no Campo de Perizes. A explicação para isso, segundo a Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) é que a tubulação sempre está em contato com o terreno úmido e, muitas vezes, alagado do campo que fica ao lado. Com isso, o salitre seria o principal responsável pela corrosão da adutora de toda essa área
O salitre é porque a água do campo é salobra. A ferrugem acelera os danos à tubulação, que, de tão enferrujada, boa parte está comprometida. Segundo a Caema, a adutora se rompeu mais de vinte vezes desde 2003. Mas até agora, a única solução encontrada pela empresa tem sido apenas reparar o que foi danificado. Um problema que a companhia pretende resolver ainda este ano, com a substituição de 19 quilômetros da adutora neste trecho do Campo de Perizes.
A nova tubulação, desta vez, não vai ficar às margens da rodovia. Será construída numa outra área bem mais longe. Vai ficar do lado oposto às torres de transmissão de energia da Eletronorte. O trabalho deve melhorar o abastecimento na capital, mas ainda não vai acabar por completo com o sistema de rodízio, quando dá água um dia sim e outro não. Somente a construção de novo sistema é que deve resolver de vez o problema.
Mas isso ainda depende da elaboração de um projeto pela Caema e da liberação de recursos do governo federal. Uma obra que deve chegar a quase um bilhão de reais.
Entrevista
Sobre o assunto, o Bom Dia Mirante conversou, hoje, com o presidente da Caema, o engenheiro João Reis Moreira Lima, que tirou dúvidas de telespectadores e internautas (assista à entrevista, na íntegra, logo após a reportagem em vídeo). As perguntas enviadas pelos telespectadores e internautas que não foram respondidas durante a entrevista serão encaminhadas pela produção do Bom Dia Mirante à Assessoria de Comunicação da Caema.
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