Regina e Gabriela Duarte voltam a trabalhar juntas

Diário de S.Paulo

Atualizada em 27/03/2022 às 15h17

SÃO PAULO - Na televisão, elas já viveram mãe e filha (em 1997, na novela “Por Amor”, de Manoel Carlos) e até já compartilharam a mesma personagem – em “Chiquinha Gonzaga”, minissérie de Lauro César Muniz e Marcílio Moraes, de 1999. Agora, pela primeira vez, Regina Duarte trabalha em parceria com a filha, mas só nos bastidores. Sua empresa, A Vida É Sonho Produções Artísticas, resolveu apostar as fichas em Gabi e montar a comédia “Pedro e Vanda”, que estréia neste sábado no Teatro Crowne Plaza, em São Paulo.

Não é de hoje que a eterna namoradinha do Brasil ataca de produtora de um espetáculo. Em 1975, Regina dividia-se entre atuação e produção em “Réveillon”, sucesso na época. E repetiu a dose em “Concerto Nº 1 Para Piano e Orquestra”, de 1977; “O Santo Inquérito”, de 1978; “A Vida É Sonho”, de 1993, e “Honra”, de 1999. “Pedro e Vanda”, porém, é a primeira peça da qual fica de fora do elenco.

- Agora tenho uma visão mais crítica. Quando se é atriz, muita coisa escapa - explica.

A idéia de trazer o texto do americano Jay DiPietro para o Brasil foi de Gabriela. Em novembro do ano passado, a atriz assistiu à versão original (“Peter and Vandy”) em Nova York e ficou impressionada com a obra.

- Há tempos não saía do teatro querendo discutir uma peça - lembra Gabi.

- Ela se apaixonou pelo texto e me contagiou - assume Regina, babando pela sua herdeira - Me emociono quando a vejo atuando. Tem um talento abençoado. Mas, além disso, Gabi tem garra, dedicação e profissionalismo.

Espetáculo fala do cotidiano - O enredo de “Pedro e Vanda” é simples. Assim como os acontecimentos corriqueiros retratados na peça, estrelada por Gabriela Duarte e Daniel Faleiros. Eles encarnam os personagens-título da comédia: dois jovens recém-formados na faculdade, de “vinte e poucos anos”, como define a atriz.

- O texto não fala de coisas fundamentais, mas do cotidiano. Não pretende ditar regras - destaca Gabi, de 29 anos, que namora o fotógrafo Jairo Goldflus na vida real.

O espetáculo mostra a gênese da paixão, as picuinhas que surgem com a convivência e a separação.

Segundo a diretora Cristina Mutarelli, todos os espectadores vão se identificar com as cenas protagonizadas pelos dois.

- Só um casal extremamente original não passou por esse tipo de situação - afirma.

E Gabriela está aprovada como comediante?

- As pessoas vão se surpreender. Ela está fazendo algo bem diferente do que já vimos na TV - adianta a diretora.

Os estopins das brigas entre Pedro e Vanda são realmente bem familiares. Apertar o tubo de pasta de dentes ou preparar um sanduíche de um jeito diferente os levam a inflamadas discussões.

- Outra questão muito comum que deve fazer o público se identificar é a oscilação do desejo, os cios desencontrados. Quando o homem está a fim de sexo, a mulher quer ver televisão. E vice-versa. Não há um casal no mundo que não tenha passado por isso - garante a produtora Regina.

Mostrando tantos conflitos num relacionamento, o espetáculo poderia correr o risco de assustar os solteiros. Mas Regina garante que não.

- Quem está sozinho vai ficar com vontade de arrumar um namorado. Vai querer sair para dançar, para beijar - aposta.

Planos de voltar à TV juntas - As duas se preparam para, novamente, viver a mesma personagem – na juventude e na maturidade – na minissérie “O Lírio e a Quimera”, que estréia em 2005.

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