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Sem conciliação, greve dos rodoviários chega ao quarto dia na Grande São Luís

Cidade segue neste fim de semana sem ônibus do transporte público circulando pelas ruas.

Imirante.com

Atualizada em 26/03/2022 às 18h18
Ônibus do transporte público estão há quatro dias sem rodar na Grande São Luís. (Foto: Matheus Sores / Grupo Mirante)
Ônibus do transporte público estão há quatro dias sem rodar na Grande São Luís. (Foto: Matheus Sores / Grupo Mirante)

SÃO LUÍS - A greve dos rodoviários chegou ao quarto dia na Grande São Luís, neste sábado (19), mesmo após ter sido realizada uma nova audiência entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema) e dos empresários do setor de transportes de passageiros de São Luís nessa sexta-feira (18).

Na audiência, as partes não chegaram a um consenso, e não houve conciliação. Com isso, o fim de semana na Grande São Luís segue sem ônibus do sistema público nas ruas.

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A implicação para a população que precisa de transporte público é ter que desembolsar e enfrentar aperto e aglomeração em veículos menores e lotados, como as vans, por exemplo.

População que precisa fazer uso do transporte público recorre à alternativas. (Foto: Matheus Soares / Grupo Mirante)
População que precisa fazer uso do transporte público recorre à alternativas. (Foto: Matheus Soares / Grupo Mirante)

Audiência de conciliação

Ao iniciar a audiência, a desembargadora disse que a Justiça do Trabalho do Maranhão não tolerará mais a paralisação no transporte coletivo que vem lesando a sociedade de uma forma cruel. “Não podemos mais aceitar que a população seja prejudicada”, afirmou. A desembargadora afirmou que a paralisação 100% da frota é ilegal e inaceitável, pois se trata de um serviço essencial e a legislação sobre a greve é bem clara quando estabelece um percentual mínimo para ser mantido em caso de paralisação.

Portanto, a decisão da Justiça do Trabalho será no sentido de garantir o restabelecimento dos serviços e pôr fim ao sacrifício imposto à população de São Luís e de toda a Região Metropolitana que utiliza o sistema de transporte coletivo. A desembargadora observou que além da arbitrariedade da paralisação existe a inércia do Município de São Luís, órgão cedente dos serviços de transportes coletivos, e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), que são obrigados pela lei de greve a atuar no sentido de garantir a atividade essencial.

Além dos representantes dos sindicatos dos rodoviários e patronal e respectivos advogados, participaram ainda da audiência, o procurador do trabalho Roberto Moreira; representantes da Procuradoria Geral do Município e da Secretaria do Governo de São Luís; e da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB).

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