Coronavírus

Secretário de Saúde de São Luís nega desigualdade na vacinação contra a Covid-19

Dados do Programa Nacional de Imunizações apontam maior taxa de imunização em bairros mais ricos da capital maranhense.

Imirante.com, com informações da TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
Joel Nunes, secretário de Saúde de São Luís.
Joel Nunes, secretário de Saúde de São Luís. (Reprodução / TV Mirante)

SÃO LUÍS - O secretário de Saúde de São Luís, Joel Nunes, afirmou, na noite desta segunda-feira (14), que não há desigualdade entre bairros na vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19) na capital maranhense. Em entrevista ao JMTV2, da TV Mirante, Joel destacou o número de pessoas vacinadas a cada dia em São Luís, com nove postos de imunização disponíveis para a população ludovicense, e o trabalho de campo para imunizar grupos prioritários.

"A nossa campanha de vacinação é muito grande, tem uma capacidade de vacinar aproximadamente 20 mil pessoas por dia, é maior que a população de muitas cidades do interior. Nós temos nove pontos de vacinação, respeitando os distritos sanitários de São Luís. Temos pontos na Cidade Operária que vacinam 4 mil pessoas, outras 4 mil pessoas são vacinadas no Itaqui-Bacanga, na BR-135, em toda a espinha dorsal da capital maranhense. Dessa forma, a gente consegue levar a vacinação para todos os ludovicenses sem nenhuma distinção. Nós já vacinamos a população ribeirinha, mais de 3 mil pessoas acamadas, população em situação de rua, pessoas que fazem tratamento de hemodiálise. Esses números mostram que São Luís não faz nenhuma distinção da vacinação", disse o secretário.

De acordo com dados divulgados pela defensora pública Clarice Binda e coletados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) na última quinta-feira (10), a cobertura da vacinação contra a Covid-19 apresenta desigualdade entre bairros pobres e ricos. Enquanto bairros como Cidade Olímpica, Coroadinho e Vila Embratel não chegaram aos 45% da população com a primeira dose do imunizante, o Calhau atingiu os 105% de vacinados, superando a estimativa de população do bairro feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A questão é que, mesmo com poucas salas de vacinação disponíveis, por causa da escassez de vacinas, é necessário que essas salas sejam colocadas em regiões estratégicas, justamente para abranger o maior número de pessoas em São Luís, não só em bairros específicos. É verdade que há uma escassez de vacinas, mas esses pontos precisam ser melhor distribuídos", destaca Clarice.

De acordo com Kênia Delene, presidente da Associação de Moradores da Cidade Olímpica, um dos bairros mais populosos de São Luís, muitas pessoas estão encontrando dificuldade para chegar aos postos de vacinação. "Como presidente da Associação, a gente sente na pele o que o morador sente. Muitos me procuram até mesmo para pedir passagem para chegar até o local de vacinação. Na UEMA tem um posto de vacinação, mas é de fácil acesso quando se tem um carro, quem não tem, vai caminhando ou de bicicleta, já vimos pessoas saindo antes de 6h para se vacinar", disse Kênia.

Até o momento, 595.338 doses da vacina contra a Covid-19 já foram aplicadas em São Luís, sendo que 480.530 pessoas receberam a primeira dose e outras 114.808 pessoas concluíram o processo de imunização na capital maranhense.

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