Sputnik V

Depois de decisão da Anvisa, Dino prioriza a ciência

Governador do Maranhão não trilhou o mesmo caminho de muitas lideranças da esquerda que criticaram a Anvisa e alegaram motivações políticas para decisão de não liberar o uso da vacina russa no Brasil

Carla Lima/Editora de Política

Atualizada em 27/03/2022 às 11h03
Flávio Dino disse, em redes sociais, que vai esperar posicionamento dos cientistas brasileiros e russo sobre Sputnik V
Flávio Dino disse, em redes sociais, que vai esperar posicionamento dos cientistas brasileiros e russo sobre Sputnik V (Foto: Reprodução)

São Luís - O governador Flávio Dino (PCdoB), ao contrário do que muitos esperavam, não aumentou o tom de críticas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) depois de decisão unânime da autarquia em não liberar a importação da vacina da Rússia, Sputnik V.

O governo do Maranhão foi quem entrou com a ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar a Anvisa a se posicionar ainda em abril sobre o pedido de compra da Sputnik V. Por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, a agência teria até amanhã para se posicionou, mas os técnicos decidiram se reunir na noite da segunda-feira, 26.

Por ser autor da ação, esperava-se que Dino reclamasse do posicionamento da Anvisa. Fizesse relações políticas com a decisão dos membros da agência. Mas não fez! Nas redes sociais, o comunista disse que aguardará a posição dos cientistas brasileiros e russos sobre a Sputnik.

Não poderia ter tido melhor posicionamento já que, desde o início da pandemia da Covid-19 no Brasil, Flávio Dino vem dizendo que segue o caminho da ciência. Se discordasse agora da posição da Anvisa, o governador maranhense estaria traindo seu próprio discurso e caindo, mais uma vez, na incoerência ou se encaixaria no discursos do “faço o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

De qualquer forma, Flávio Dino e demais governadores do Nordeste e Norte parecem não desistir de comprar vacinas. Eles deverão se reunir mais uma vez com o Fundo Russo e depois com a Anvisa para buscar soluções para que o imunizante da Rússia seja aprovado pela agência reguladora brasileira.

Na reunião dos técnicos da Anvisa, todos deixaram claro que uma investigação mais aprofundada é necessária para se dirimir dúvidas quanto a eficácia e os efeitos da Sputnik. Talvez com novos documentos vindo da Rússia e mais tempo de análise da Anvisa, a vacina possa finalmente ser liberada para uso no Brasil.

Só vale lembrar, que o panorama traçado pelos cientistas da Anvisa abre um enorme buraco de dúvidas em relação ao imunizante russo.

Eles – os russos – claro, alegam motivação política. Mas pelo visto, o certo mesmo, é seguir o caminho que Dino seguiu após posicionamento da agência brasileira e seguir a ciência.

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