Operação Tempo Real

Lula Fylho, ex-secretário de Saúde de São Luís, é alvo de busca da PF em investigação sobre desvio de compra de máscaras

De acordo com a Polícia Federal, Lula Fylho comandava o esquema criminoso que causou prejuízo de R$ 478 mil aos cofres públicos.

Com informações do G1 Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 11h03
Lula Fylho, ex-secretário de Saúde de São Luís.
Lula Fylho, ex-secretário de Saúde de São Luís. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quinta-feira (8), um mandado de busca e apreensão no endereço ligado ao ex-secretário de Saúde de São Luís, Lula Fylho, no bairro Olho d'Água, na capital maranhense.

A ação foi um desdobramento da Operação Tempo Real, que investiga um esquema de fraude e superfaturamento na aquisição de equipamentos de segurança usados no combate da pandemia de Covid-19.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado na casa do dono da empresa contratada pela Prefeitura de São Luís em 2020 e que teria participado do esquema criminoso. Na ação, foram apreendidos documentos, joias, veículo, armas e R$ 200 mil em espécie.

De acordo com a Polícia Federal, a Secretaria Municipal de Saúde contratou uma empresa para adqurir 20 mil máscaras de proteção contra a Covid-19 em valores superfaturados. As investigações apontam que o secretário Lula Fylho sabia das ações e comandava o esquema.

A PF afirma que o ex-prefeito de São Luís, Edvaldo Holanda Jr. não tem ligação com o suposto esquema criminoso.

"Em uma determinada ocasião, ex-servidores foram ouvidos em operações anteriores e afirmaram que tudo que acontecia na parte técnica da secretaria, o líder da organização tinha conhecimento de tudo em 'tempo real'. Ou seja, ele tinha uma participação muito participativa. Não era só um dirigente que ficava distante dos fatos. Ele realmente gerenciava todo o funcionamento da organização", afirmou o delegado da Polícia Federal, Leandro Ribeiro.

Investigações

Os investigados podem responder pelos crimes de fraude a licitação, superfaturamento e associação criminosa. Segundo a PF, os prejuízos aos cofres públicos foi de R$ 478 mil, mas os valores podem ainda ser maiores, já que as investigações ainda não foram concluídas.

Além disso, os investigados também foram alvos de medidas cautelares diversas da prisão, como proibição de contratação com o Poder Público, proibição de acesso à Secretaria Municipal de Saúde e proibição de manter contato uns com os outros.

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