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UTIs para Covid-19 da Grande São Luís e de Imperatriz beiram 90% de lotação

Aumento significativo na taxa de ocupação de leitos de UTI resultou em pedido de lockdown no Maranhão.

Imirante.com, com informações da SES

Atualizada em 27/03/2022 às 11h04

SÃO LUÍS – Na Grande São Luís e em Imperatriz, os números das taxas de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19, em estado grave, revelam uma preocupação. E foi este um dos motivos que levou defensores públicos a pedirem a adoção do lockdown no Maranhão nesta semana.

Veja os dados mais recentes, divulgados no boletim dessa quarta-feira (3), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES):

Arte: Divulgação/SES
Arte: Divulgação/SES

Dos 111 leitos de UTI dedicados a infectados pelo novo coronavírus na Grande São Luís, 97 deles já estão ocupados. Em Imperatriz, restam apenas quatro leitos de UTI.

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Nas demais regiões do Maranhão, um suspiro de alívio. A taxa de ocupação de leitos de UTI da Covid para pacientes em situação grave segue abaixo de 50%.

Arte: Divulgação/SES.
Arte: Divulgação/SES.

A SES informou, em boletim divulgado na noite desta quarta-feira (3), que o Maranhão tem 4.730 mortes e 208.724 casos confirmados do novo coronavírus. De acordo com a Secretaria, foram contabilizados 11 óbitos e 526 pessoas infectadas pelo coronavírus nas últimas 24 horas no estado, sendo 107 na Grande Ilha de São Luís, 60 em Imperatriz e 360 nos demais municípios. A taxa de letalidade da Covid-19 no Maranhão, por sua vez, está em 2,26%.

Leitos de UTI da Covid estão quase se esgotando na Grande São Luís e em Imperatriz. Foto: Reprodução.
Leitos de UTI da Covid estão quase se esgotando na Grande São Luís e em Imperatriz. Foto: Reprodução.

Pedido de lockdown

Após três defensores público do Maranhão acionarem a Justiça, na segunda-feira (1º), obrigando o governo do Maranhão a adotar o lockdown, em razão da pandemia da Covid-19, o juiz da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Douglas de Melo Martins, informou que vai esperar o pronunciamento do governo do Estado, do Ministério Público e dos municípios para decidir sobre o bloqueio total. De acordo com o juiz Douglas Martins, as partes devem fazer uma análise sobre o andamento da pandemia e se pronunciar em 72 horas.

O governador Flávio Dino se antecipou e anunciou, ainda ontem em suas redes sociais, que descarta a restrição máxima de isolamento nesse momento no Estado.

Justificativas do pedido

O pedido foi feito baseado nos dados epidemiológicos no Maranhão, realizado entre os dias 18 a 31 de janeiro, com dados oficiais da SES. Ficou constatado que houve um aumento significativo na taxa de ocupação de leitos de UTI destinado para pacientes com Covid-19 no estado.

Nos municípios da Região Metropolitana de São Luís e em Imperatriz, segunda maior cidade do Estado, a taxa de ocupação chegou nos últimos nove dias, a obter uma porcentagem superior a 80%, sendo considerados os polos que mais recebem pacientes do interior do Maranhão. De acordo com o documento, a grande maioria dos municípios não possui leitos e nem hospitais estruturados para receber os infectados com a Covid-19.

Ainda foi observada a elevação na taxa de contágio do novo coronavírus no Maranhão, que chegou em 1,45%, quando o cenário ideal é abaixo de 1%, conforme determina a Secretaria de Saúde. Os defensores destacam a campanha de imunização contra a Covid-19 no Estado, que já vacinou somente com a 1ª dose, apenas 0,45% da população, até o dia 27 de janeiro, sendo ainda muito longe de atingir toda a população.

Em justificativa, o documento afirma que enquanto não houver vacinação em massa no Maranhão, a única medida viável é adoção de medidas de distanciamento social, restrição de pessoas, para conter o vírus e evitar a chance de mutações, como aconteceu na África do Sul, Reio Unido e no estado do Amazonas.

Ou seja, se não mantivermos o único tratamento eficaz, que é o distanciamento social e a não aglomeração de pessoas, poderemos voltar à estaca zero quando não tínhamos vacina disponível", afirma a petição.

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