Janeiro Roxo

Associação Médica Brasileira no Maranhão alerta para a necessidade do diagnóstico precoce da hanseníase

Queda no número de diagnósticos da doença no ano da pandemia pode retardar tratamento e aumentar risco de contágio.

Divulgação / AMB-MA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h04
AMB-MA alerta para a necessidade do diagnóstico precoce da hanseníase. (Foto: Reprodução)
AMB-MA alerta para a necessidade do diagnóstico precoce da hanseníase. (Foto: Reprodução)

SÃO LUÍS - Estamos no Janeiro Roxo e a Associação Médica Brasileira no Maranhão (AMB- MA) integra uma campanha nacional de esclarecimento sobre a Hanseníase. Segundo a AMB-MA, a Secretaria de Estado da Saúde informou que o Maranhão registrou em 2020, 1.664 novos casos da doença. E que em 2019, foram 3.078, sendo o estado do Nordeste com mais diagnósticos de hanseníase. A queda está, possivelmente, relacionada à pandemia que reduziu a demanda nas unidades de saúde.

Segundo a Associação Médica Brasileira no Maranhão (AMB- MA), ainda em 2019, o Maranhão sozinho já registrava mais casos do que qualquer outro país da América do Sul. E o Brasil passou a ocupar o segundo lugar no ranking mundial de maior incidência, com cerca de 30 mil novos casos anualmente. Atrás apenas da Índia, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A AMB-MA ressalta a importância do diagnóstico precoce da hanseníase para evitar que outras pessoas sejam contaminadas. "Hoje em dia, não pode haver espaço para preconceitos ou estigmas. Nem mesmo a pessoa diagnosticada precisa perder o convívio social, como acontecia na década de 1970" declara o dermatologista Dr. Eduardo Lago, membro da AMB-MA.

Sintomas e tratamento

Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou marrons na pele e sem sensibilidade ao toque ou calor são sintomas característicos da doença.

"A hanseníase é causada pelo bacilo Mycobacterium lepra, ou bacilo de Hansen que atinge nervos e se manifesta na pele”, explica Dr. Eduardo Lago.

Adote medidas sanitárias e procure um posto de saúde ou médico de sua confiança. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o tratamento gratuitamente. " Quanto mais cedo ele for iniciado, menores vão ser as sequelas. E o mais importante, assim é possível romper o ciclo de contágio da hanseníase", acrescentou o dermatologista.

Janeiro Roxo

Em 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro e consolidou a cor roxa para campanhas educativas sobre a doença. Desde então, no último domingo do mês, que é o Dia Mundial Contra a Hanseníase, é feito o alerta de prevenção. Este ano, a data coincide com o dia 31 de janeiro, por lei, Dia Nacional Contra a Hanseníase. Ao contrário do que pensa o senso comum, a transmissão se dá através de gotículas de saliva e secreções nasais, não pelo abraço ou aperto de mão. Nesta semana de conscientização, não leve a discriminação adiante.

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