SÃO LUÍS – Trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) protestaram na manhã desta segunda-feira (20), no Filipinho, por melhores condições de trabalho diante da pandemia do novo coronavírus.
Eles reclamam da quantidade insuficiente de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de outras circunstâncias que põem em risco a saúde dos próprios servidores. A classe está preocupada com a qualidade do EPI recebido.
Assista à reportagem da TV Mirante
O presidente da Associação dos Servidores do Samu, Agnaldo Serra, em entrevista à TV Mirante, disse que já foram confirmados oito casos do novo coronavírus entre os servidores que atuam na capital. Outros trabalhadores ainda aguardam resultados de testes da Covid-19. Com esta diminuição do quadro de funcionários, há ambulâncias paradas.
Os servidores, também, chamam a atenção para um problema que as equipes têm enfrentado ao chegarem com paciente às Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). As unidades estão barrando a entrada de novos pacientes por falta de suporte e sobrecarga.
O problema acaba deixando o paciente mais tempo dentro da ambulância, e atrasa o atendimento de outras ocorrências, ainda segundo Agnaldo.
O Samu não paralisou as atividades e continua atuando nesta segunda-feira. O movimento foi para chamar a atenção das autoridades com relação às condições de trabalho das equipes.
Respostas
- Semus
Sobre o protesto ocorrido na manhã desta segunda (20) em frente ao Samu, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) esclarece:
Que os 41 servidores afastados de suas atividades por problemas de saúde, alguns com síndrome gripal e com suspeita de Covid-19, foram substituídos, garantindo assim atendimento regular das atividades, sem prejuízo à população. Os profissionais estão sendo devidamente assistidos e o quadro acompanhado pela direção do Samu.
Em relação às ambulâncias, esclarece que os dois veículos parados, devido a uma readequação no quadro de condutores, já estão em circulação.
E ressalta que todos os servidores têm à sua disposição máscaras (N95 e clínicas), além de jalecos impermeáveis, protetores faciais, óculos de proteção, propés, entre outros EPIs. A Semus esclarece, ainda, que os equipamentos são usados pelos servidores de forma diferenciada para cada tipo de atendimento, existindo EPIs para os casos suspeitos e para os mais graves; e ressalta que todos são, devidamente, esterilizados.
- SES
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que as Unidades de Pronto Atendimento recebem, em média, 54 pacientes por dia com quadro de síndrome respiratória, através do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Emergência.
A SES ressalta que os pacientes transferidos pelo SAMU continuam sendo acolhidos e assistidos regularmente nas UPAS.
Por fim, a Secretaria esclarece que a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) de São Luís é responsável pela aquisição e distribuição dos Equipamentos de Proteção Individual para as equipes do SAMU. Ainda assim, a SES tem auxiliado a SEMUS, na medida do possível, com a entrega de EPIS para as equipes da SAMU.
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